quinta-feira, 23 de junho de 2016

Britânicos decidem seu futuro

Hoje, houve um referendo pela permanência ou não do Reino Unido na União Europeia.

O país nunca se integrou totalmente no bloco. Preferiu, por ora, continuar com sua moeda própria, a libra esterlina. Houve ressalvas quanto à organização política da União, considerada excessivamente burocrática, para tentar conciliar os interesses de países tão diferentes. Pesou também o fato do continente, principalmente a Alemanha, ser o lugar procurado pelos refugiados de países minados pelo terrorismo, guerras civis e fome - a exemplo da Síria, da Nigéria, da Somália e outros países. 

Por outro lado, os britânicos são um dos principais sustentáculos do grupo, ao lado da França e da Alemanha, e são um contraponto mais liberal ao intervencionismo estatal vigente na maioria dos países do Velho Continente. A saída do Reino Unido poderia representar a fuga de investidores para mercados mais abertos e, pior, desencadear um processo de degradação da própria União Europeia. Para o Brasil, isso seria muito preocupante, pois ele está vulnerável ao nervosismo dos mercados internacionais, que torcem para a permanência, com vistas à preservação da integridade do bloco europeu.

O chamado "Brexit", da combinação das palavras em inglês British e Exit (Saída britânica), conquistava a maioria da população, temerosa dos refugiados e enfastiada com a ajuda dada pelo governo aos membros mais pobres da U.E., para, segundo eles, receberem pouco em troca. Porém, o brutal assassinado da deputada trabalhista Jo Cox, ativista pelo "sim", ou "remain", por um neonazista simpatizante do "Brexit", fez a tendência pelo "não", ou "leave", deixar de ser uma certeza.

Agora, o processo para apurar os votos está ainda em andamento, mas o "leave" vence por uma margem muito estreita (cerca de 51% dos votos), de acordo com os resultados dos distritos, equivalentes aos municípios.

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