sexta-feira, 17 de junho de 2016

Teremos sucesso na Olimpíada?

Devido à horrenda situação financeira no Rio de Janeiro, o governador interino Francisco Dornelles decretou estado de calamidade pública. A medida serve para forçar o governo federal a liberar mais verbas, enquanto medidas excepcionais serão tomadas, inclusive restringindo alguns direitos. Isto é consequência da desastrosa administração do Estado ao longo dos anos, e o decreto mostra o nível de deterioração. Não se tem dinheiro para nada, ainda mais para as Olimpíadas. 

Nossos atletas estão se preparando de acordo com as possibilidades, e de forma bem discreta, devido à falta de repercussão na mídia, cuja atenção está voltada para a infindável crise política, eventos do futebol como a Eurocopa e, em grau bem menor, a Copa América, e também à crise na Seleção da CBF, parcialmente resolvida com a nomeação de Tite, o ex-técnico do Corinthians. Por um lado, isso favorece a concentração dos esportistas que irão participar do maior evento esportivo do mundo, mas por outro os torcedores acabam lidando mais com conjecturas do que com fatos. Como os atletas brasileiros vão atuar nos Jogos?

Enquanto isso, devido ao escândalo do doping, o conselho da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) resolveu suspender toda a delegação russa por negligência. Isso atingiu inclusive esportistas não acusados, como a medalhista de ouro Yelena Isinbayeva, do salto com vara, que ameaçou denunciar a IAAF por suposta violação aos direitos humanos. Não está descartada a possibilidade do Kremlin decretar boicote à Rio-16 como retaliação à medida contra os atletas russos, proibindo até os competidores de outras modalidades (como o vôlei) de atuarem. 

Continua, também, a polêmica acerca da zika e seus temidos efeitos neurológicos, inclusive a microcefalia em fetos. Ainda falam em suspensão dos Jogos, mas tanto o COB quanto o COI não querem nem ouvir falar nisso. Muito menos os organizadores e os torcedores. 

Devido a todos esses problemas, haverá espaço para o sucesso da Rio-16?

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