sexta-feira, 24 de junho de 2016

Conclusão da postagem anterior

Está decidido: com 52% dos votos, a maior parte deles no interior da Inglaterra e no País de Gales, o "leave" venceu.

Esta decisão foi aceita e respeitada pela Europa e pelos países democráticos por se tratar de uma decisão soberana dos povos dos quatro países que compõem o Reino Unido, mas mostra o quanto ele está dividido. Teme-se não apenas criar precedentes para novas saídas do bloco europeu, mas também a própria integridade territorial britânica, por haver forte sentimento separatista na Escócia e na Irlanda do Norte. Estas regiões votaram majoritariamente pelo "remain" e podem aproveitar a decisão para tentarem a emancipação política - e integrarem a União caso tiverem êxito, o que não é muito provável.

Quem não conseguiu engolir o Brexit foram os mercados, que correram para o iene e o franco suíço, enquanto a libra esterlina e o Euro se desvalorizaram. As Bolsas do mundo inteiro despencaram, principalmente no Velho Continente, mas também na Ásia: o Nikkei tombou 7,9% e a Bolsa de Milão derreteu: foram 12% de perdas, assim como Madrid.

Os nacionalistas, os eurocéticos, o governo russo e Donald Trump comemoraram o resultado do referendo. Globalistas e defensores de uma Europa (ou de um mundo) sem fronteiras lamentaram. 

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