Devido ao fiasco da Copa América, onde o Brasil teve um vexame comparável ao 7 a 1 tomado naquele 8/7, o técnico Dunga e o coordenador Gilmar Rinaldi foram sumariamente demitidos pela CBF. Não havia condições para a dupla continuar: resultados pobres, fracassos em jogos decisivos nas duas Copas América (2015 e 2016) e a modesta sexta posição nas Eliminatórias, ainda se somam com a pressão da Rede Globo, cuja relação com o técnico é fria para não dizer hostil, e o desinteresse crescente dos brasileiros pela Seleção da CBF.
Dessa forma, Dunga foi sacado. Bode expiatório perfeito para o decadente futebol nacional, com falta de talentos, e também de maturidade por parte dos jogadores e ética por parte dos dirigentes da CBF. Era o possível a ser feito, porque o mais difícil não veio: depende da manutenção do patrocínio pelas empresas que financiam a entidade (Vivo, Mastercard, General Motors, Itaú, Sadia, AmBev, Nike...) e de um trabalho investigativo realmente consistente por parte da Justiça.
Nada disso é suficiente, embora seja necessário, para a Seleção voltar a ser querida pelos brasileiros: os clubes precisam burilar os talentos e formar os craques adequadamente, as escolas precisam melhorar as aulas de educação física para os diversos esportes (não só o futebol) e é preciso haver uma cultura de planejamento, tal como fazem os bons empreendedores, e não tratar o esporte como balcão de negócios.
Nada disso é suficiente, embora seja necessário, para a Seleção voltar a ser querida pelos brasileiros: os clubes precisam burilar os talentos e formar os craques adequadamente, as escolas precisam melhorar as aulas de educação física para os diversos esportes (não só o futebol) e é preciso haver uma cultura de planejamento, tal como fazem os bons empreendedores, e não tratar o esporte como balcão de negócios.
Dunga perdeu o emprego como técnico da Seleção da CBF (Divulgação, pelo site TODODIA)
Outros ilustres senhores que não honram seus cargos também merecem perdê-los, mas, ao contrário de Dunga, não dependem só da vontade de poucos para isso. É o caso do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha. Ele fez de tudo para atrasar o andamento do processo de cassação de seu cargo de deputado, e viu sua aliada Tia Eron, depois de uma semana inteira de reflexão, finalmente declarar seu voto... contra ele. Outro membro da Comissão de Ética, Wladimir Costa, muito criticado por suas ausências no plenário como membro do Solidariedade (SD) do Pará, mudou seu voto e votou pelo relatório de Marcos Rogério (DEM-RO), que pede a cassação. O ex-líder dos deputados irá recorrer ao CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas desta vez é bem possível que não consiga impedir a votação no plenário, e o chamado "Centrão", bloco formado por PP, PR, PSD, PRB, SD, PTB e PTN, antes uma mega-aglomeração de "acólitos" de Cunha, está abandonando a ideia de apoia-lo.
É um trabalho muito mais árduo e com relevância muito maior para o Brasil do que a remoção de Dunga, agora ex-técnico da seleção amarelona.
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