segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Cenário ainda turbulento

Levando-se em consideração os últimos acontecimentos envolvendo o Brasil, como o impeachment de Dilma, a posse de Temer, as manifestações de ontem com dezenas de milhares nas ruas contra o governo (não necessariamente a favor de Dilma, mas principalmente defendendo novas eleições, não previstas na lei), as investigações da Lava Jato contra os desvios nos fundos de pensão do Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica e Correios (Previ, Petros, Funcef e Postalis, respectivamente) na Operação Greenfield e o parco resultado na reunião do G20 sobre a economia dos países emergentes, as previsões econômicas sofreram oscilações. 

Depois de projeções mais otimistas para o PIB desde o afastamento de Dilma em maio, houve ligeiro pessimismo atualmente, esperando-se um encolhimento de 3,20%, ante 3,16% na última previsão, no mês passado. Por outro lado, o PIB de 2017 deve crescer 1,30%, o que ainda mal cobre a taxa de crescimento populacional do Brasil, atualmente em cerca de 0,90%. 

Temos ainda o índice de inflação, e ele ainda será muito alto: 7,34%, segundo fontes consultadas pelo Banco Central. Esse valor ainda está acima do teto da meta (6,50%). Para 2017, prevê-se o dragão um pouco menor (5,12%), mas isso ainda vai fazer a população sofrer. 

O dólar, segundo as mesmas fontes, pode ir para R$ 3.26 (as projeções anteriores apontavam R$ 3,29) no final deste ano. Para 2017, será de mais roliços R$ 3,45, mas ainda longe dos valores alcançados em 2015, durante a crise provocada pelo segundo governo Dilma. 

Outro índice importante é a taxa de juros, que pode ficar menor do que os salgados 14,25% atuais, mas não muito: 13,75%. Em 2017, espera-se um valor de 11%, bem mais razoável.

Também não se pode esquecer da taxa de desemprego: segundo o Trading Economics, terminaremos 2016 com uma taxa de 12%, e irá diminuir bem devagar, para 11,8% em 2017. O desemprego só deve cair mesmo a partir de 2018. 

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