Está certo que no "ranking" o Brasil não está mais tão bem e perdeu até o sétimo lugar para a Holanda, mas pelo menos os atletas paralímpicos estão fazendo sua parte.
Primeiro, as decepções, como o "goalball" feminino, que prometia empolgar, mas acabou perdendo para a China na semifinal após partida dramática decidida na prorrogação, por 4 a 3, e agora perdeu para os Estados Unidos na disputa da medalha de bronze, por 3 a 2. No vôlei sentado, modalidade que, ao contrário do vôlei convencional, o Brasil não tem muita tradição, decepção dupla tanto no masculino quanto no feminino: ontem, as meninas do vôlei paralímpico sucumbiram ao favoritismo das americanas, e perderam por 3 sets a 0 (25-13, 28-26, 25-18), e disputará o bronze com as ucranianas; hoje, foi a vez do time masculino enfrentar um time superior, o Irã, e perder por 3 sets a 0 (25-20, 25-19, 25-17).
Por outro lado, houve alegrias, como a inédita medalha no "goalball" masculino, mas da forma mais dramática possível: estavam sendo goleados por 4 a 0 pelos suecos, mas conseguiram reagiram e, de forma incrível, viraram o jogo e conseguiram o bronze por 6 a 5; foi um sofrimento a mais para quem foi massacrado pelos norte-americanos por 10 a 1. Teresinha Guilhermina ganhou o bronze nos 400 m T11, voltando a fazer bonito após decepções iniciais nas provas mais curtas. Daniel Dias voltou a mostrar por que é apelidado de "Phelps paralímpico" e ganhou o ouro nos 50 m costas. A medalha mais comemorada, porém, foi a da atleta Silvania Costa, que fez 4,98 m no salto em distância para pessoas com cegueira total e ganhou o ouro. Lorena Spaladore conseguiu o bronze na mesma prova, ao saltar 4,71 m. Foi com Silvania que o Brasil quebrou o jejum de ouros nesta edição dos Jogos.
Silvania Costa contou que precisou começar a praticar o esporte para sustentar a família (Christophe Simon/AFP)
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