Hoje, enquanto fora do mundo esportivo acontecem fatos importantes para o Brasil como a posse da ministra Carmem Lúcia como presidente do STF e a votação para cassar (ou não) o mandato de Eduardo Cunha e, de forma vinculada e não separada, deixá-lo sem os direitos políticos por oito anos, dentro das Paralimpíadas os atletas brasileiros mostram superação e espírito competitivo.
Por conta disso, eles não param de ganhar medalhas, principalmente de prata, devido à qualidade dos adversários. Um exemplo disso foi o mesa-tenista Israel Stroh, estreante em competições paralímpicas, que chegou longe e só foi derrotado na final, para o favorito, britânico Will Bayley, na categoria atletas com deficiência motora moderada. O Brasil nunca ganhou uma medalha nesta modalidade.
Outros mostraram ainda mais qualidade e ganharam o ouro. O experiente Daniel Dias cansou de ganhar pratas e foi buscar o ouro nos 50 m livres. Alessandro Silva, totalmente cego (T11), arremessou o disco numa distância de 43,06 m e também adquiriu sua medalha dourada.
Na bocha para portadores de deficiência física categoria BC4, atletas que não precisam de cadeira de rodas mas apresentam limitações de locomoção, o time brasileiro acabou perdendo na final para a Eslováquia por 4 a 2. O trio formado por Dirceu Pinto, Eliseu dos Santos e Marcelo dos Santos, já havia ganho uma medalha de ouro paralímpica em Londres. Em outra categoria, BC3 misto, onde os atletas precisam de assistentes para se locomoverem, mas não necessariamente precisam de cadeiras de rodas, a dupla formada por Antônio Leme e Evelyn de Oliveira venceu a dupla sul-coreana na final por 5 a 2. Na fase inicial, eles haviam perdido para a mesma dupla. A bocha paralímpica é algo diferente da bocha convencional: eles usam bolas menores, que também devem ser arremessadas em direção a uma pequena bola, chamada de "bolim", até encostar nela, garantindo um ponto.
Equipe de bocha BC3 vibra com a vitória (Ueslei Marcelino/Reuters)
Ainda restam muitas medalhas a disputar e muitas competições, portanto é cedo para dizer se a delegação paralímpica brasileira vai atingir a audaciosa meta de se manter entre os cinco primeiros no ranking. Até agora, estão dentro do objetivo, mas a concorrência é acirrada: Austrália e Nova Zelândia estão com apenas dois ouros a menos, enquanto os Estados Unidos, quarto lugar, tem muito mais ouros: 16, contra 9 do Brasil.
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