quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Da série Paralimpíadas no Rio, parte 1 - Começou!

Após as Olimpíadas, que deixaram saudade apesar de todos os problemas e recursos do NOSSO DINHEIRO dilapilados sem dó por conta das reformas feitas no Rio de Janeiro e dos desvios de verbas decorrentes dessas obras, por conta do mesmo problema abordado centenas de vezes por aqui (sim, aquele...), começaram as Paralimpíadas, de certa forma continuação do maior evento esportivo já feito em nosso país. 

Fizeram uma abertura mais ou menos no nível daquela feita nas Olimpíadas, com importantes diferenças além dos tipos de atletas encontrados nas delegações: 

1. A ênfase na inclusão social dos deficientes físicos e mentais, principalmente num dos pontos altos do evento, quando o Maracanã ficou às escuras mostrando dezenas de pessoas de bengalas.

2. A presença da mascote paralímpica, Tom, com a participação especial da outra mascote, Vinícius, cujas participações nas cerimônias olímpicas de abertura e encerramento passaram despercebidas. Vinícius imitou Gisele Bündchen. 

3. A ausência de Thomas Bach, presidente do COI, e a presença de Philip Craven, do Comitê Paralímpico Internacional. Ele e Carlos Arthur Nuzman fizeram a parte mais protocolar - e menos interessante - do evento. 

4. As vaias a Michel Temer foram mais constantes e chegaram a um tom de agressividade que fez Carlos Arthur Nuzman interromper o discurso, quando ele se referiu ao "governo federal". 

Algumas fotos mostraram os melhores momentos: 

 Tom, Adriana Lima e Marcelo Rubens Paiva (André Durão)

 Dançarinos fizeram do Maracanã uma praia carioca (Reuters)

 Vinícius imita Gisele Bündchen - ele faz participação especial, já que ele é a mascote olímpica (André Durão)

 Porta-bandeiras de Tonga em trajes típicos seguiram o exemplo do folclórico "besuntado" da abertura olímpica (Reuters)

 Sirlene Coelho foi a porta-bandeira da delegação brasileira (André Durão)

Com as peças do quebra-cabeça trazidas pelas delegações, um coração se formou no Maracanã (Pablo Jacob/O Globo)

 Dançarinos imitaram cegos na escuridão (Reuters)

 Amy Purdy, modelo biamputada, dança com um robô (AFP)

 Clodoaldo Silva, multimedalhista paralímpico da natação, acende a pira paralímpica (André Durão)

 A pira paralímpica tem o mesmo formato da olímpica, tão elogiada (André Durão)

Perto do final da abertura, já na parte do revezamento dos atletas paralímpicos, uma cena comoveu os espectadores: a atleta Márcia Malsar, participante das Paralimpíadas de 1984 e 1988 e ganhadora de quatro medalhas (1 ouro em 1984, 1 bronze em 1988 e 2 pratas nas duas edições) como corredora na categoria S6 (pessoas com paralisia cerebral), sofreu com as limitações de seus movimentos e com a chuva, deixou a tocha cair e tombou na pista, para depois se levantar sozinha e, com a ajuda de alguns funcionários da equipe de apoio, foi pegar a tocha de volta e completar o percurso, entregando o fogo paralímpico para Ádria Santos, campeã na categoria T11 (cegueira total) de corridas em curtas distâncias (até 400 m rasos). Esta revezou com Clodoaldo Silva, responsável pelo acendimento da pira. 

Márcia Malsar deu lição de persistência e determinação (Youtube)

O evento terminou com Seu Jorge cantando É preciso saber viver, de Roberto e Erasmo Carlos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário