terça-feira, 6 de março de 2018

Faltando 100 dias para a Copa, os placares de hoje, ou: e o clima da Copa?

Nos 100 dias que faltam para começar a Copa na Rússia, pouco se fala nela por aqui. Nem mesmo a Seleção Brasileira, ou melhor, a Seleção amarelona da CBF, é comentada. Ela não anima os torcedores nem mesmo com a boa campanha nas Eliminatórias, tendo Tite como responsável. O 8/7 da última Copa, aquela no Brasil, ainda repercute muito até agora. 

Nem por isso se deixa de falar em futebol, mas tem pouco a ver com o torneio mundial. Hoje, pelas oitavas-de-final da Champions League, mais uma vez o PSG mostrou ser um time sem tradição, presa fácil para o Real Madrid, o maior ganhador deste tipo de competição: Cristiano Ronaldo e Casemiro destruíram o sonho dos jogadores do clube francês (e seu presidente, Nasser al-Khelaifi) de ganharem uma edição sequer. Cavani até fez a sua parte, e a zaga brasileira (Marquinhos e Thiago Silva) desta vez não teve culpa. Daniel Alves, sim, foi responsável, assim como Verratti (expulso) e o setor ofensivo (Di Maria, Mbappé). O time do Real, por outro lado, funcionou bem, embora Benzema tivesse perdido valiosas oportunidades de ampliar a vantagem. Neymar, recuperando-se da cirurgia no pé, fez falta para o PSG, e seu projeto de ganhar a Bola de Ouro foi para o vinagre. Contudo, dificilmente haveria um resultado favorável mesmo com o ex-santista, mesmo porque ele jogou na partida de ida em Santiago Bernabéu, e os franceses tiveram uma derrota pior: 3 a 1, contra 2 a 1 a favor da tradição no futebol europeu no jogo de hoje.

Não havia apenas um jogo, mas o outro ficou praticamente ofuscado: Liverpool e Porto, na Inglaterra, não saíram do 0 a 0. Resultado suficiente para o clube inglês avançar para as quartas-de-final, pois massacrou o time português em pleno Estádio do Dragão. Roberto Firmino, pelo Liverpool, e Felipe, do Porto, são nomes a considerar para a Seleção na Copa, enquanto Casemiro e Marcelo do Real e o quarteto fracassado do PSG (Neymar, Thiago Silva, Daniel Alves, Marquinhos), são presença certa vestindo a amarelinha na Rússia. 

Outro placar comentado não é, a rigor, um placar, pois é o resultado da votação do STJ a respeito do habeas corpus preventivo para tentar impedir a prisão do ex-presidente Lula. Por 5 a 0, o pedido da defesa foi negado. E este resultado é muito mais relevante do que qualquer placar de futebol. Significa um destino amargo para aquele que governou o país entre 2003 e 2010, combatendo problemas graves como a miséria e deixando de mexer em outros, como a péssima educação no país, enquanto seus correligionários saqueavam a nação por meio do mais depravado patrimonialismo. 

5 a 0, muito mais que uma goleada, é uma decisão unânime: o STJ diz não a Lula (José Cruz/Agência Brasil)
Enquanto isso, outros acontecimentos, como o desdobramento da Operação Trapaça, a intervenção no Rio e a quebra de sigilo bancário do presidente Temer determinada pelo ministro do STF Luiz Roberto Barroso repercutem, sem dar espaço para a Copa que logo vem.

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