O Brasil já viu muitas das empresas nacionais ficarem nas mãos dos estrangeiros, e isso faz parte do mundo dos negócios: vende quem quer e compra quem estiver interessado, em transações onde a compradora, geralmente a empresa de maior capital, segue um plano estratégico para enfrentar os demais concorrentes e ganhar mercado. No capitalismo não há espaço para chauvinismo, glorificando a indústria nacional em detrimento das multinacionais vistas como "predadoras".
Pelo lado dos nacionalistas, a notícia da venda de 49% das ações da Forno de Minas, empresa já citada neste blog (clique AQUI para ler sobre a General Mills, que por pouco tempo chegou a ser dona da famosa fábrica de pães de queijo), para a canadense McCain, dona das famosas batatas pré-fritas com "carinhas" que lembram emoticons e emojis, causou arrepios. Não bastava a venda de todo o controle acionário da rede de churrascarias Fogo de Chão para a americana Rhone Capital por US$ 560 milhões, e um provável acordo entre a Embraer e a Boeing para formar uma nova empresa, com capital majoritariamente (80%) da gigante americana, destinada a fabricar aviões comerciais civis de pequeno porte.
Muitos suspiram por tempos que não voltam mais, quando havia uma profusão de indústrias brasileiras, como a Cofap, a Varig, a Lacta (agora propriedade da americana Mondelez) e a Gradiente. Volto ao assunto no futuro, talvez em séries pertencentes à "Oitentolatria" ou "Noventolatria", mas um aviso: não para fazer parte do coro dos saudosistas, e sim para fazer uma análise objetiva da tão lamentada "desnacionalização".
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