As mulheres estão ganhando terreno na luta contra a discriminação, mas ainda há muito o que fazer, principalmente no Brasil.
Ainda há uma diferença salarial grande entre homens e mulheres com a mesma função e capacitação. Os percentuais variam muito de acordo com o cargo, mas segundo o IBGE (2018) o salário médio das mulheres equivale a apenas 77,5% do valor pago aos homens.
Temos uma taxa de feminicídios altíssima. Segundo a OMS, a taxa de assassinatos de mulheres motivada por essa condição foi de 4,8 por 100 mil habitantes do sexo feminino. Só em 2019 foram mais de 100 casos consumados.
As mulheres são ainda muito subrepresentadas nos cargos públicos. Por exemplo, no Congresso Nacional são 77 deputadas (num total de 513) e 12 senadoras (num total de 81). Isso não cobre o mínimo de 30% estabelecido pela lei 9.504/97. Não há interesse de nenhum partido em cumprir essa lei com seriedade, muito menos o partido do governo, o PSL, que teria supostamente criado candidaturas fantasmas por meio de alguns de seus representantes em Minas Gerais e Goiás, inclusive o ex-ministro Gustavo Bebbiano e o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio.
Evidentemente, isso não será corrigido imediatamente, principalmente se for no grito ou na militância, onde muitas vezes se faz proselitismo ideológico (fala-se muito ainda da vereadora assassinada Marielle Franco, do PSOL carioca, um crime ainda sem solução, mas tratam-na como uma arma política e não como uma vítima da violência). Terá que ser por uma mudança de paradigmas, num país de herança patriarcal e autoritária, e isso leva tempo para evoluir de forma consistente. Cada um de nós, homens ou mulheres, precisa repensar suas atitudes, sem tentativas de coerção por partidários de certas linhas de pensamento A ou B.
Bela frase de efeito, mas devemos nos esforçar para transformar frases em comportamentos efetivos |
Nenhum comentário:
Postar um comentário