segunda-feira, 17 de junho de 2019

BNDES sob nova direção

Gustavo Montezano foi escolhido como novo presidente do BNDES, posto sob suspeita por Bolsonaro desde quando ele era deputado, por financiar empreendimentos suspeitos em países como Angola, Venezuela e Cuba, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social estava subordinado ao governo petista. 

Montezano já fazia parte do governo, como secretário adjunto da Secretaria de Desestatização e Desinvestimento, e foi ex-sócio do BTG Pactual. 

Paulo Guedes havia confiado em Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda de Dilma, para a presidência da entidade, mas agora ele o acusa de "deslealdade" por ter nomeado, como diretor do Mercado de Capital, o advogado Marcos Barbosa Pinto, ex-assessor do BNDES ainda no primeiro governo Lula e colaborador do então ministro da Educação Fernando Haddad na criação do ProUni.

A presença de Barbosa, embora seja um nome técnico, foi muito mal vista pelos bolsonaristas, ávidos para tentarem desvendar a chamada "caixa preta" do banco. Há anos há a suspeita de haver desvios bilionários durante os governos petistas, fora os já citados financiamentos para as obras em países aliados da época, como o famigerado porto de Mariel (Cuba), sem a necessária contrapartida, isto é, o pagamento das dívidas contraídas pelos governos locais.

Bolsonaro e Guedes obtiveram uma vitória quando Barbosa e Levy se demitiram, mas com Montezano à frente do BNDES é possível haver uma gestão mais responsável, embora não necessariamente seja uma garantia de abrir a tal "caixa preta". 

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