segunda-feira, 3 de junho de 2019

Orgulho e vergonha de maio

Antes de anunciar o ganhador do selo da "Vergonha", é bom lembrar que Neymar já ganhou este mesmo selo em abril, e portanto ficará de fora. Ele ainda pode vir a receber o outro certificado, o de "vergonha mundial", no final deste mês, principalmente se conseguir a proeza de ser preso por estupro (ou divulgação de material pornográfico ao tentar se defender), e isso não deve ser desprezado. Sua capacidade para cometer desatinos extracampo, decorrentes de sua falta de maturidade e de superego, só é superada pela de fazer gols e gestos teatrais em campo.

Aliás, mesmo que ele não tivesse ganho nenhum selo, ele não poderia ser considerado para o mês de maio. O escândalo aconteceu no sábado passado, ou seja, já no dia primeiro deste mês. 

Mas esqueçamos, por ora, estes acontecimentos. Primeiro, o selo de "Orgulho Nacional", que vai para Marcelo Gleiser, ganhador do Prêmio Templeton, noticiado pela mídia como sendo o Nobel da espiritualidade. O astrônomo brasileiro, primeiro latino-americano contemplado com o Templeton, defende a harmonia entre a ciência e a religião, e recebeu a medalha no mês passado, dia 29.

Marcelo Gleiser defende a ciência como caminho para entender o mistério da existência humana

Quanto ao outro selo, vai para os manifestantes bolsonaristas que arrancaram a faixa em prol da educação no prédio da UFPR. Ser a favor da educação não é, a princípio, ser contra as pautas defendidas por eles e pelo presidente: fim da corrupção, reforma da Previdência, aprovação das medidas anti-crime do Sérgio Moro e do saneamento econômico promovido por Paulo Guedes. Ou tudo isso só é conseguido à custa de um povo ignorante e alienado? Pelo menos certos países como Canadá, Cingapura, Coréia do Sul, Japão (para não citar países comunistas ou influenciados pelo marxismo) provam o contrário. 

O ato virou pretexto para os manifestantes do dia 30 chamarem os bolsonaristas de inimigos da educação

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