sexta-feira, 14 de junho de 2019

Manifestação com menos participantes e mais violência

Hoje, as manifestações contra os cortes na Educação e a reforma da Previdência tiveram menor participação, comparadas com as de maio. Por outro lado, houve uma certa tendência à radicalização, com pessoas sendo detidas, algo que não ocorreu nos dias 15 e 30 do mês passado. 

Os motivos para haver menos gente disposta a protestar foram a pauta dos cortes estar começando a cansar, e a consequente predominância dos protestos anti-reforma, algo de menor apelo entre os estudantes e a população em geral, menos resistente ao tema do que os funcionários públicos e as categorias organizadas (principalmente os sindicalizados pela CUT). Em São Paulo, a Justiça mandou multar o Sindicato dos Metroviários e dos Motoristas e Cobradores da SPTrans em caso de paralisação. Só houve interrupção em parte da rede do metrô, e ela foi normalizada ao longo do dia. 

No entanto, mais gente esteve disposta a colocar fogo em ruas, estradas e trilhos de trens, visando paralisar os transportes e atrapalhar quem estava querendo manter a rotina. Houve confrontos em São Paulo (14 presos), no Rio de Janeiro, em Vitória. Essa atitude não ajudou a atrair mais gente para protestar contra o governo. A mesma coisa pode se dizer em relação à presença do MST e do MTST.

Pior é o atropelamento de cinco manifestantes em Niterói por um motorista, que foi detido, mas logo liberado. Apesar de ninguém se ferir seriamente, o ato não pode ser considerado próprio de gente civilizada. 

Mesmo essas tentativas de paralisar as cidades não foram suficientes para inquietar o governo. Jair Bolsonaro foi tranquilamente para São Paulo assistir ao início da Copa América, no Morumbi, e ver Philippe Coutinho e Everton "Cebolinha" fazerem os gols na vitória por 3 a 0 sobre a Bolívia. 

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