Continuando a série sobre a atual situação da indústria brasileira e, particularmente, da indústria bélica, este blog vai expor a situação de um setor não muito considerado, mas importante para a economia do país.
Este setor ainda é relativamente controlado por brasileiros desde os tempos da Fábrica da Estrela, nos anos 1930. Mas a maior parte das armas em circulação não é fabricada aqui, e boa parte delas é contrabandeada. O tráfico de armas é um dos maiores problemas de segurança do Brasil.
Já antecipei o caso da Avibrás, fabricante de veículos militares. Sua especialidade, porém, é a fabricação de armas, como mísseis e foguetes, além de sistemas de rastreamento e radares. É uma das maiores indústrias do ramo na América Latina, e possui instalações próximas ao CTA - Centro Tecnológico da Aeronáutica, em São José dos Campos.
Outra fábrica de material bélico pesado é a IMBEL, estatal criada em 1975. Contudo, já havia outras fábricas, como a Indústria Nacional de Armas, a Lerap e a Caramuru (pertencente ao grupo dos famosos fogos Caramuru, os tais que "não dão chabu" e ainda estão firmes no mercado de fogos de artifício).
Uma fabricante de armas leves e portáteis, muito em evidência atualmente devido à polêmica em torno do Estatuto do Desarmamento, questionado pelo presidente Bolsonaro e seus apoiadores, é a Taurus, de São Leopoldo. Praticamente domina o mercado de pistolas, algo contestado pelos parlamentares defensores de uma maior comercialização de armas, a chamada "bancada da bala". Foi fundada em 1939.
Outra empresa de destaque é a CBC, a Companhia Brasileira de Cartuchos, líder hegemônica no mercado interno de munição leve. Começou como subsidiária de multinacionais (a americana Remington e a britânica ICI), mas se tornou nacional em 1979.
A indústria bélica do Brasil tem esperança de vender mais produtos no mercado interno, já que a maior parte vai para a exportação, mas teme uma possível abertura para as armas importadas legalmente. Ela sofre com o contrabando e o Estatuto do Desarmamento, um empecilho aos seus negócios.
A indústria bélica do Brasil tem esperança de vender mais produtos no mercado interno, já que a maior parte vai para a exportação, mas teme uma possível abertura para as armas importadas legalmente. Ela sofre com o contrabando e o Estatuto do Desarmamento, um empecilho aos seus negócios.
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