O ex-presidente do STF, e seu membro mais velho, Cezar Peluso, votou pela condenação de João Paulo Cunha e dos responsáveis pelo "valerioduto", ou seja, Marcos Valério e seus sócios.
É uma de suas últimas participações no Supremo. No próximo dia 3, ele é obrigado a se aposentar, por força da lei, pois vai completar 70 anos. É lamentável, pois uma pessoa dessa idade tem muita vitalidade ainda e conta com bastante experiência, mas assim diz a Constituição. (Lamentável também é o direito ao valor integral do salário durante a aposentadoria, privilégio negado à maioria da população, mas isso são outros quinhentos...).
Peluso mostrou que idade não significa decrepitude, quando desmontou a farsa montada pela defesa, que queria a condenação por "caixa 2", como se isso também não fosse um ataque ao NOSSO DINHEIRO (só porque a pena é mais leve e implicaria em novo julgamento, pela Justiça Eleitoral). Leia aqui a matéria sobre isso.
Outros figurões do mensalão não serão julgados por Peluso. Com isso, o perigo de um empate é considerável. E dois dos réus são peças-chave do esquema: o "chefão" José Dirceu e o "delator" Roberto Jefferson.
Os ministros que ainda faltavam
votar, com exceção do presidente Carlos Ayres Britto, também
contribuíram para condenar os réus.
P.S.: Com a condenação, João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara que favoreceu o esquema de mensalão, ficará inelegível até 2026. Ele certamente terá que renunciar à sua candidatura à prefeitura de Osasco (imaginem um prefeito de uma cidade tão grande com uma ficha tão suja, não tanto quanto a do Maluf...). E Marcos Valério vai para a cadeia (não se sabe exatamente por quanto tempo, embora Peluso estipulasse a pena em 16 anos de reclusão).
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