O espírito olímpico voltou hoje e as meninas do vôlei estão de novo na briga pelo bicampeonato (UOL)
As meninas do vôlei já se cansaram de tanto chorar por causa da Rússia, a algoz dos Mundiais de 2006 e 2010 e, principalmente, da Olimpíada de 2004, quando as brasileiras perderam um jogo que aparentemente estava ganho e foram eliminadas da briga pelo ouro (em Atenas, ficaram apenas em quarto lugar, refletindo a falta de condições emocionais das jogadoras naquele momento).
Pois elas enfrentaram as russas novamente, e logo no primeiro jogo "mata-mata". Quem perder iria para casa mais cedo. Para piorar a situação, a "carrasca" Ekaterina Gamova estava entre elas. Foi ela a maior responsável por todas as eliminações traumáticas do Brasil.
E parecia que a sina ia repetir-se no primeiro set: 26 a 24. Mas no segundo set foi a vez das russas vacilarem e ficarem bem atrás no placar (18 a 11). O problema é que elas reagiram e a partida terminou em 22 a 25. O terceiro set mostrou uma atuação lamentável das brasileiras, que perderam por 25 a 19. No quarto e decisivo set, a equipe de José Roberto acordou aos poucos após começar com a mesma apatia - o que poderia significar novo revés - e acordaram com apetite para o tie-break: 22 a 25. No último set, novo drama: as russas ficaram a um ponto de fechar o jogo e causar a choradeira, agravada por um erro de arbitragem que reverteu um ponto que seria das brasileiras. No entanto, as russas tiveram seis match points salvos pelas brasileiras, algo parecido com o ocorrido em 2004 mas de forma inversa, e o inesperado (para o país europeu) foi a eliminação: 19 a 21.
Gamova e as outras russas tiveram motivos para chorar e as ex-freguesas se vingaram mandando-as de volta para casa.
Se as brasileiras mostrarem o mesmo espírito, desde que não cometam tantos erros para não merecerem o sofrimento de hoje, podem vir a se tornar bicampeãs. Nada mal para um time que começou de forma relativamente ruim estas Olimpíadas.
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