Neil Armstrong, conhecido como o primeiro homem a pisar na Lua, faleceu anteontem aos 82 anos.
Neil Armstrong entrou para a História no dia 20 de julho de 1969. Desde então ele foi considerado um herói para o povo americano (Foto: Reprodução/NASA)
Ele foi o comandante da Apollo 11, em julho de 1969, durante a corrida espacial entre os dois grandes protagonistas da Guerra Fria: os EUA e a URSS. Os soviéticos haviam lançado o primeiro satélite artificial em 1957 (o Sputnik), e isso motivou os americanos a tentarem algo mais ousado. O Projeto Mercury, elaborado dois anos depois, preparou o terreno para uma viagem tripulada para o nosso satélite natural. Muitas missões não-tripuladas foram feitas, antes de lançar algum ser vivo (macacos) ao espaço. Armstrong, Edward "Buzz" Aldrin e Michael Collins foram os três ocupantes da Apollo 11, lançada no dia 16 de julho. Quatro dias depois, a nave pousou em solo lunar, Armstrong e Aldrin desceram e fincaram a bandeira norte-americana. Na ocasião, foi dita a frase "That's one small step for a man, one giant leap for mankind" ("Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade").
O evento foi muito comemorado pelos americanos, sendo um marco no desenvolvimento da tecnologia espacial, e uma vitória nacional contra os inimigos soviéticos.
O trio voltou no dia 24 de julho, sendo resgatado próxmo à costa do Hawaíi, no Pacífico.
Depois da aventura, Neil Armstrong, homem reservado, limitou-se a fazer algumas aparições públicas e conferências, exaltando a importância do evento para a tecnologia e o conhecimento humanos e evitando polêmicas com aqueles que não acreditavam nos feitos do trio da Apollo 11. Só voltou a ser notícia quando teve de fazer uma cirurgia de emergência para desentupir artérias cardíacas, no último dia 7. Ele não resistiu.
A partir de então, outras viagens à companheira-mor do nosso planeta foram feitas. E novas missões tripuladas para fora do nosso mundo, também.
P.S.: Até hoje muito se questiona se eles realmente realizaram a façanha. Apontam supostas correntes de ar durante as filmagens na Lua, diferenças no tamanho da Terra vista da Lua segundo fotos tiradas de lá, entre outros indícios. As tecnologias para modulação (câmeras), transmissão (satélites) e recepção (aparelhos de TV) não podiam nem ser comparadas às atuais. No entanto, muitos apontam que a transmissão de vídeo e áudio entre os astronautas e a equipe de monitoramento foi feita em tempo real (isso segundo algumas fontes). A baixa qualidade das imagens, para facilitar as transmissões à Terra, contribui para a polêmica.
No entanto, é difícil confiar piamente em qualquer uma das versões, contaminadas pelo viés ideológico. Muitas das vozes contrastantes foram influenciadas por diversas "teorias de conspiração", mais ou menos distanciadas da realidade e próximas da fofoca ou do anti-americanismo, enquanto, por outro lado, a "conquista da Lua" foi marcada, como é compreensível, por maciça propaganda. E o marketing tem um talento especial para exagerar ou mitificar um feito.
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