Elas estavam desacreditadas na primeira fase, pegaram um grupo difícil, perderam partidas importantes, quase não passaram e ainda tiveram de enfrentar nada menos que a temível seleção russa, numa partida desgastante e sofrida. Depois de uma semifinal mais tranquila, contra as japonesas, encontraram-se com um time que já as derrotou, por 3 sets a 1 na primeira fase.
Por outro lado, o time rival tinha um retrospecto muito mais confortável, perdendo apenas 2 sets e vencendo todos os jogos. Estavam no mesmo grupo das rivais da grande final, derrotaram-nas pelo placar acima e depois de uma semifinal sem tropeços contra as coreanas, ficaram com o favoritismo, que parecia se confirmar no primeiro set, quando venceram facilmente por incríveis 25 a 11, algo difícil de digerir para qualquer time.
Os times em questão foram, respectivamente, as brasileiras e as norte-americanas. Foram as brasileiras que tiveram de sofrer e superar principalmente o nervosismo para avançarem. E foram elas que começaram mal o jogo das finais hoje.
No segundo set, após o referido desastre no começo, foi tudo diferente. Depois de um certo equilíbrio, as brasileiras colocaram os nervos no lugar e se acertaram, fechando o segundo set com facilidade em 25 a 17.
O sempre forte time americano sentiu o golpe e elas trataram de tentar a reação. As brasileiras não deixaram: o terceiro set fechou em 25 a 20.
Já o quarto set, sempre difícil para as verde-amarelas, foi um teste de nervos. Mais para a torcida do que para Fabiana, Fernandinha, Fernanda Garay, Paula Pequeno, Sheila, Jaqueline e outras. Elas tomaram conta do jogo, apesar de alguns erros, e fecharam o set - e o jogo em 25 a 17.
Repetiu-se Pequim, inclusive no placar: 3 sets a 1.
As meninas do vôlei, lideradas por José Roberto Guimarães, conquistaram um bicampeonato inédito. Após o vôlei feminino ganhar o ouro pela primeira vez na capital chinesa, a dose repetiu-se. Mérito, também, do técnico Zé Roberto, comandando a terceira equipe a vencer uma final em Jogos: primeiro, foi em 1992, comandando o time masculino em Barcelona, e as outras duas foram com o feminino.
Elas, mais o técnico, mostraram garra e competência. Foi o que faltou nas seleções de futebol.
Elas, mais o técnico, mostraram garra e competência. Foi o que faltou nas seleções de futebol.
A comemoração: jogadoras do vôlei brasileiro compensaram a frustração provocada pela Seleção de Mano (Marcelo del Pozo/Reuters)
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