A delegação brasileira sofre no momento as consequências de ter um elenco tão heterogêneo. De um lado, atletas sem apoio financeiro e muitas vezes nem equilíbrio emocional suficiente (basta ver o número de gente chorando e se lamentando). Do outro, nomes de talento como a já citada judoca Sarah Menezes e os atletas (ainda poucos) ganhadores de medalhas que vestem o verde-amarelo.
De Londres, há notícias boas e ruins para a torcida brasileira. Primeiro, as notícias ruins, que são particularmente terríveis.
As seleções femininas de basquete e de futebol eram esperança de medalha, mas a eliminação de ambas foi um balde de água gelada nos ânimos dos torcedores.
Já era esperado o fiasco do basquete feminino. Elas não venceram nenhum dos quatro jogos disputados, e a derrota para o Canadá por 79 a 73 confirmou a eliminação das brasileiras.
O que não se esperava era o time de Marta e Cristiane ir tão mal. A Seleção feminina era cobrada desde 1996, e nas Olimpíadas de 2004 e 2008 elas tinham chances reais, mas enfrentaram as norte-americanas, e perderam. Nestes Jogos, elas não vão nem para as semifinais. Depois de uma primeira fase mediana, com lampejos de talento, mas em geral sem muita empolgação, as meninas do futebol tiveram de enfrentar as japonesas nas quartas-de-final, e o resultado foi amargo: 2 a 0. Marta não estava inspirada e a zaga mostrou fragilidade diante das rivais. As japonesas e seu time sem craques mostraram por que ganharam o último Mundial, e logo contra as americanas, que também avançaram junto com a França. No momento, o jogo entre as britânicas e as canadenses ainda não foi finalizado.
Com a derrota, a 'maldição' da falta de medalhas de ouro para o futebol só deve ser 'quebrada', mesmo, por Neymar e cia.
Já era esperado o fiasco do basquete feminino. Elas não venceram nenhum dos quatro jogos disputados, e a derrota para o Canadá por 79 a 73 confirmou a eliminação das brasileiras.
O que não se esperava era o time de Marta e Cristiane ir tão mal. A Seleção feminina era cobrada desde 1996, e nas Olimpíadas de 2004 e 2008 elas tinham chances reais, mas enfrentaram as norte-americanas, e perderam. Nestes Jogos, elas não vão nem para as semifinais. Depois de uma primeira fase mediana, com lampejos de talento, mas em geral sem muita empolgação, as meninas do futebol tiveram de enfrentar as japonesas nas quartas-de-final, e o resultado foi amargo: 2 a 0. Marta não estava inspirada e a zaga mostrou fragilidade diante das rivais. As japonesas e seu time sem craques mostraram por que ganharam o último Mundial, e logo contra as americanas, que também avançaram junto com a França. No momento, o jogo entre as britânicas e as canadenses ainda não foi finalizado.
Com a derrota, a 'maldição' da falta de medalhas de ouro para o futebol só deve ser 'quebrada', mesmo, por Neymar e cia.
Marta estava em campo, mas foram as japonesas que fizeram o gol (Getty Images)
César Cielo era a grande esperança de ouro para os brasileiros nos 50 m livre, mas precisava enfrentar um forte adversário, o americano Cullen Jones. E o também brasileiro Bruno Fratus também prometia se sair bem, em sua primeira Olimpíada. Com o tempo de 21s61, Fratus até que saiu bem. Mas nem ele, nem Cielo, e muito menos Jones, ganharam a prova. O ouro foi para o francês Florent Manaudou, que completou a prova em 20 segundos e 34 centésimos. Jones conquistou a prata com um tempo de 20 centésimos a mais e Cielo, o bronze, apenas 5 centésimos mais lento que o americano. O campeão brasileiro diz que se arrependeu de ter disputado os 100 m, onde só conseguiu foi ficar mais cansado e conquistou um decepcionante sexto lugar.
Cielo mostra a sua medalha com a cor diferente daquela ganha em Pequim (Michael Dalder/Reuters)
Nem só más notícias a delegação brasileira anda produzindo. Além do bronze com gosto de ferro de Cielo, finalmente o Brasil passou a ganhar mais do que aquelas três medalhas do primeiro dia. A quarta medalha foi ontem: Mayra Aguiar conquistou um bronze no judô. Rafael Silva, na categoria pesado, também conquistou a sua medalha de bronze. Com isso, o judô confirma a sua fama de sempre trazer medalhas para o Brasil. Por outro lado, a raridade nas conquistas mostra o quando ainda precisaremos evoluir para sermos considerados uma potência olímpica. É uma tarefa cujos resultados não serão vistos nem no Rio em 2016, e nem nas três Olimpíadas seguintes - e isso no caso de haver uma política séria para o esporte.
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