segunda-feira, 10 de junho de 2013

Caiu o tabu. Mas caiu mesmo?

O Brasil finalmente venceu um time importante em quase quatro anos, e ainda por cima a França, responsável por três dos piores momentos dos canarinhos em Copas: 

- em 1986, México, a seleção francesa, com Platini, eliminou o Brasil nos pênaltis nas quartas-de-final (Zico, o famoso galinho de Quintino, até agora é lembrado por desperdiçar uma cobrança) e destruiu o sonho do tetracampeonato, que só viria em 1994; 

- em 1998, França, os anfitriões, com Zidane, não deram chance ao Brasil na grande final, devido ao episódio mal explicado do mal estar de Ronaldo, então já conhecido como "o Fenômeno", apelido que ele ganhou ao defender o Internazionale, de Milão, em 1997; 

- em 2006, Alemanha, os brasileiros tiveram o azar de enfrentar os franceses novamente nas quartas-de-final (Zidane, mais uma vez, estava entre eles); Henry fez o solitário gol que decretou o fim das ilusões brasileiras. 

Na nova Arena do Grêmio, um dos times comandados por Luiz Felipe Scolari, o Felipão, no passado, o time francês estava aplicado, e foi superior no primeiro tempo, sufocando as iniciativas de Neymar, Fred & Cia. Porém, não fez o gol que poderia mais uma vez desestabilizar o time amarelo. No segundo tempo, em um lance obscuro com direito a uma falta sobre Valbuena, a Seleção abriu o placar, com Oscar, aos 7'' (7 minutos) da etapa final. Os Bleus sentiram o golpe, mas quase foram beneficiados quando David Luis, aos 14''. Hernanes entrou em campo e mostrou serviço: aos 39'', ampliou o placar. Bem no final da partida, houve um pênalti marcado a favor dos canarinhos, e Lucas cobrou. Resultado: 3 a 0. E a mídia aproveitou para proclamar o fim do fantasma que apavora mais do que os gárgulas da Catedral de Notre Dame. 

Quem fez o primeiro gol não foi o camisa 10 e sim o camisa 11 (Lance.net)

Porém, muita gente, com razão, está reticente. Além da partida ser um amistoso, a Seleção ainda mostrou algumas falhas, apesar de ter jogado muito melhor do que de costume. E mostrou que não pode contar muito com Neymar, que não chegou a ser um diferencial na partida. Os críticos só vão sossegar, mesmo, quando o Brasil começar a ganhar de um time importante em um jogo oficial - leia-se, a Copa das Confederações. Muitos só vão parar de jogar farpas no trabalho de Felipão quando Thiago Silva (atual capitão) erguer a taça no final da Copa de 2014. 

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