Mahmoud Ahmadinejad bem que gostaria de ficar para sempre no cargo de presidente do Irã, mas após 8 anos ele terá de deixar outro decidir os rumos do país. O regime político local é uma ditadura sui generis, com certos aspectos democráticos (eleições, existência de partidos políticos), mas onde os eleitos não podem sequer levantar a voz contra o imã supremo, Ali Khamenei, o governante de facto do país.
Além disso, não há liberdade de expressão nem de imprensa. As mulheres, apesar de terem direito a voto, são oprimidas. Minorias que costumam fazer barulho, como os gays e os membros de algumas religiões, são tratadas como inimigos a serem exterminados.
Isso não vai mudar com a eleição do moderado Hassan Rowhani, já no primeiro turno, sem chance para os mais radicais. Apesar de defender o aumento do diálogo com a Europa e os EUA, o eleito, que também é clérigo - xiita como todos os religiosos no poder desde 1979 naquele país asiático - não tem poder para mudar a posição oficial do regime a respeito do Ocidente, considerado como um grupo de lacaios do "Grande Satã" (os EUA), como já disse o antigo chefe de governo, o aiatolá Khomeini, morto em 1989.
Rowhani, ou Rohani, foi ex-colaborador do presidente Mohammed Khatami (Vahid Salemi/AP Photo)
Dessa forma, Barack Obama, Binyamin Netanyahu, Angela Merkel, Jean-Marc Ayrault, David Cameron e mesmo a presidentA Dilma Rousseff não acreditam em mudanças na política externa iraniana.
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