Contrariando os prognósticos pessimistas de muitos, o jogo entre a atual campeã do mundo Espanha e o até agora desacreditado Brasil não foi um Maracanazo, e sim uma confirmação das previsões mais otimistas e até então dignas de descrédito.
Após uma rápida cerimônia de encerramento, com o destaque da formação da bandeira nacional com a trilha sonora da Grande Rio e um casal que participava do espetáculo tentando protestar contra a privatização do Maracanã, chegou o momento mais esperado, no estranho horário das 19h, inacessível para a maior parte dos países do mundo devido ao fuso horário.
Os espanhois estavam querendo estragar a festa do Brasil, mas foram surpreendidos logo no começo, com Fred. Mesmo caído, ele marcou, antes dos 2 min. de jogo. Desde então, a equipe começou a atuar em conjunto, fazendo a Espanha, mestra na arte de valorizar a posse de bola, errar passes. Os europeus sentiram fortemente o gol e entraram em parafuso. Para piorar, os anfitriões pareciam ter mostrado de vez que ressuscitaram, após amargarem resultados medíocres praticamente após a última Copa das Confederações, quando ganhou o seu último título importante.
Até mesmo jogadores que sofreram críticas durante o torneio foram eficientes na partida final, como David Luiz, que chutou a bola quando ela estava quase para entrar no gol de Julio César. Este também fez a sua parte, defendendo um pênalti feito por Marcelo em Jesus Navas e (mal) cobrado por Sérgio Ramos.
Neymar brilhou de novo e no final do segundo tempo fez o seu gol. Fred marcou outro no início do segundo tempo, e desde então a Espanha tentou se salvar do naufrágio, mas não conseguiu nem marcar um gol. Nem Iniesta ou Xavi. Para piorar tudo, Piqué, o noivo da superestrela Shakira, foi expulso após uma falta boçal contra Neymar (que caiu, mas desta vez foi por uma boa razão).
As vaias da torcida ficaram mais ou menos restritas. Algumas para o time espanhol e outras para José Maria Marin e Joseph Blatter. Dilma, como não participou temendo a reação, foi poupada, mas ficou com fama de 'fujona' e 'indigna de ser chamada de estadista' - até mesmo para a Fifa.
O resultado - 3 a 0 - fez a crítica ficar parecida com o "velho do Restelo", personagem camoniano tido como agourento e recentemente citado pela presidentA naquela infeliz crítica à oposição brasileira. Sem esquecer que o referido senhor não é só sinônimo de pessimismo, mas de prudência, diante de iniciativas de alto risco que precisam ser feitas.
As vaias da torcida ficaram mais ou menos restritas. Algumas para o time espanhol e outras para José Maria Marin e Joseph Blatter. Dilma, como não participou temendo a reação, foi poupada, mas ficou com fama de 'fujona' e 'indigna de ser chamada de estadista' - até mesmo para a Fifa.
O resultado - 3 a 0 - fez a crítica ficar parecida com o "velho do Restelo", personagem camoniano tido como agourento e recentemente citado pela presidentA naquela infeliz crítica à oposição brasileira. Sem esquecer que o referido senhor não é só sinônimo de pessimismo, mas de prudência, diante de iniciativas de alto risco que precisam ser feitas.
Este pode ser o início de um novo rumo para a Seleção - na direção do hexa (Victor R. Caivano/AP Photo)
A Espanha continua a ser um time temível e digno de respeito, mas a tradição do Brasil acabou por prevalecer. Ninguém irá falar mais dos fracassos do país, e sim de uma série de partidas convincentes, que começou pela vitória sobre a França em amistoso, e pelos resultados contra Itália, Uruguai e, finalmente, a poderosa Fúria.
Começo a achar que, desta vez, o Brasil leva o hexa. Porém, somente poderei ter certeza quando Thiago Silva levantar a taça em 2014 e a dupla Neymar e Fred segurá-la para a divulgação na mídia mundial. O próprio Felipão, em entrevista concedida após o final consagrador do torneio, já alertou que a Copa do Mundo é muito mais dura. Nisso ele e a maioria dos críticos, e mesmo o velho do Restelo se ele existisse mesmo, estão de acordo.
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