Após uma cerimônia de abertura dirigida por nada menos que Paulo Barros, o mestre da Unidos da Tijuca famoso pelos desfiles apoteóticos no Carnaval, Dilma e Joseph Blatter, sob vaias, declararam aberta a Copa das Confederações. Não adiantou Blatter pedir "fair play": muitos dos milhares de torcedores que lotaram o estádio Mané Garrincha, em Brasília, não perdoaram. O presidente da CBF também participou, e ficou calado. Mesmo assim, sobrou vaia para ele.
A festa foi estragada por manifestantes que protestaram contra o verdadeiro assalto ao NOSSO DINHEIRO representado pelas obras na Copa do Mundo. A Tropa de Choque não agiu com bom senso. Agiu da mesma forma que fez em relação aos manifestantes do movimento Passe Livre, que causaram distúrbios em todo o país. A diferença é que as manifestações contra a roubalheira são, além de pacíficas e relativamente ordeiras, plenamente justificadas pela falta de zelo com o dinheiro público.
Mas vamos deixar os detalhes sórdidos de lado. O jogo de abertura foi entre Brasil e Japão. O time nipônico é tradicional freguês da Seleção, e mais uma vez não foi páreo para os canarinhos. Neymar, logo ele, abriu o placar bem rápido, aos 3 min., deixando os visitantes com o ônus de tentarem a reação. Apesar das tentativas, nada feito. Por outro lado, os canarinhos tiveram apenas o trabalho de esfriar os ânimos.
Neymar desencantou e fez um golaço logo no começo do jogo (AP/Reuters/Terra)
No segundo tempo, o Brasil tratou de mostrar a sua superioridade, apesar de continuar a não jogar da forma mais brilhante possível. Paulinho fez o segundo gol, e mais uma vez os japoneses tentaram atacar, mas o máximo que conseguiram foi dar trabalho a Júlio César, que defendeu algumas das finalizações. Nos acréscimos, Jô definiu o placar.
Foi o resultado que Felipão esperava para acalmar a torcida. Porém, existem no caminho as seleções do México e da Itália. O caminho para ganhar o troféu em casa está só começando.
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