No dia 13, milhões foram exercer seu direito de protestar contra os desmandos do governo e a roubalheira que assola nosso país. Agora, é a vez dos simpatizantes do governo também protestarem, contra o que eles consideram abusos do juiz Sérgio Moro, e exaltando Lula, o presidente que tirou milhões da miséria (e isso é fato, mas muitos podem voltar à penúria com o prolongamento da crise).
Não foi pouca gente, e, felizmente, não houve baderna. Só na Avenida Paulista, foram quase 100 mil pessoas. O ex-presidente estava presente, ainda sob a indefinição de seu destino a curto prazo, pois duas liminares foram derrubadas, mas houve uma nova, que o impede de exercer o cargo de chefe da Casa Civil e ser uma versão moderna de Rasputin do governo Dilma.
Lula ainda tenta demonstrar sua força política em ato pró-governo na Paulista (Divulgação/Estadão)
Outros milhares de pessoas se reuniram e vestiram vermelho, a cor do socialismo e do PT, para protestarem. Apesar de haver alguns conflitos localizados com os anti-governo, não houve nada mais sério.
Como sempre, a palavra de ordem foi "Não vai ter golpe". É perda de tempo tentar explicar que o impeachment está na Constituição, e golpe, mesmo, é tentar implantar um "semi-parlamentarismo" sem amparo legal ou a Dilma delegar parte de seus poderes a gente que não foi eleita para isso. Eles também gritaram contra Sérgio Moro, o juiz visto como "salvador da pátria" por muitos manifestantes anti-governo. Para os governistas, ele extrapolou suas funções de juiz para atuar como político e tentar prejudicar Lula e a presidente ("presidentA", para quem ainda tem fé neste governo), divulgando conteúdo de grampos que dividiu opiniões de juristas e analistas políticos.
Isto faz parte do jogo democrático, e muitos protestos dos pró e dos contra ainda virão, até a situação do Brasil voltar aos eixos, o que pode se estender até bem depois que terminar, oficialmente, o governo Dilma.
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