Já faz exatos 20 anos que a banda mais conhecida de Guarulhos foi destruída por um acidente aéreo. Os Mamonas Assassinas, em menos de um ano de carreira, imortalizaram-se com sua alegria irrefreável e canções marcantes como Pelados em Santos, Vira-Vira, Robocop Gay, Bois Don't Cry, Jumento Celestino e Chopis Centis. Viraram até nome de praça na cidade e fizeram de um automóvel antigo visto como cafona - a tal Brasília amarela - objeto cultuado.
Dinho, Júlio Razek, Bento Hinoto e os irmãos Reoli fizeram a alegria dos que viveram a infância e a adolescência em meados dos anos 90. Seu único disco vendeu centenas de milhares de cópias. Ainda havia algumas canções não gravadas, como uma paródia desbocada dos Beatles (Twist and Shout virou Não Peide Aqui, Baby).
Teve até canções prontas mas nem sequer apresentadas, como Renato, o Gaúcho, sátira aos habitantes do estado mais ao sul do Brasil e sua tão falada "macheza", e também ao jogador de futebol Renato Gaúcho, atual treinador. Esta é uma gravação de um dos imitadores do Dinho ...
... que resolveram dar as caras a partir da morte do quinteto. Nem todos faziam jus à banda.
(Não clique no vídeo se tiver juízo)
(Arrisque... mas até que ele não foi mal)
Mas a maioria não teve a coragem de se apresentar na televisão, como a banda Lua Nua, chamada também de Mamonas Cover. Aqui, no Programa do Ratinho, do SBT, uma das emissoras que mais lucrou durante a vida...
... e a morte do grupo. Abaixo, o programa do Gugu, que se aproveitou do fato para ganhar ibope de 47 pontos.
(Quando o Gugu ainda era do SBT, ele aproveitou o sensacionalismo para ter audiência - vídeo do Canal Teleguiado)
É um caso raríssimo de algo tão efêmero continuar a ser lembrado por tanto tempo. A combinação de espontaneidade, autenticidade e letras engraçadas e picantes os levou ao sucesso, e a morte violenta, paradoxalmente, os tornou imortais na lembrança dos fãs. Vai levar muito tempo até acontecer um fenômeno semelhante.
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