Hoje o Ministério Público de São Paulo está solicitando a prisão preventiva do ex-presidente Lula por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, relativo ao apartamento triplex no Guarujá.
Esta decisão aumentou a tensão política, enfureceu ainda mais os simpatizantes de Lula e deixou a oposição perplexa. Segundo esta última, era necessário agir com mais cautela, pois a capacidade de reação dos acólitos do ex-presidente é potencialmente grande, e faria aumentar a pressão para Dilma reservar um ministério para ele, provavelmente a Casa Civil, dando-lhe foro privilegiado.
Ao mesmo tempo, caso isso venha a acontecer, a legitimidade do governo, já contestada, estará definitivamente em xeque. No pleito de 2014, segundo a lei eleitoral, a eleita foi Dilma, e não Lula, que viria a exercer um papel mais parecido ainda com o de outro barbudo famoso na História do mundo: Rasputin, o guru do decadente império russo. A diferença é que um tem ainda muitos seguidores, e outro era odiado por todos.
Subestimar a resistência petista não é ato dos mais inteligentes. Há muitos radicais infiltrados entre eles, capazes de apelar até para o terror. É o caso de parte das lideranças do MST, do MTST e outros grupos.
Por outro lado, os grupos pró-impeachment também vão ficar com os ânimos exaltados. Eles também terão de abandonar ideias anti-democráticas, como intervenção militar, ou insensatas, como fazer apologia ao assassinato de Lula ou de Dilma.
A Justiça tenderá a não acolher o pedido de prisão de Lula, devido à sua fragilidade jurídica, mas até lá a entropia política, já muito alta, poderá levar a situações cujos efeitos poderão ser sentidos por várias décadas.
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