quarta-feira, 9 de março de 2016

Quarta agitada em Brasília

Depois do episódio envolvendo Lula na sexta passada, o governo, desde antes do segundo mandato enfrentando dificuldades, vê sua situação deteriorar-se ainda mais. 

Para tentar salvar seu líder, o PT tentou convencê-lo a aceitar um cargo no ministério de Dilma, mas ele se recusou, abrindo mão do foro privilegiado dos ministros (uma aberração antidemocrática que viola o princípio da igualdade de todos perante a lei). Tal aproximação confirmaria a versão oposicionista segundo a qual o governo, Lula e o PT estariam dispostos a se preservarem, mesmo à custa da ruína do país. 

O Ministério Público de São Paulo, sem perder tempo, denunciou o ex-presidente por ocultação de patrimônio, ou seja, acusa-o de ter o triplex do Guarujá como sua propriedade. Ainda não foram colhidas provas cabais para confirmar essa acusação, mas isso contribuiu ainda mais para a desmistificação da figura de Lula. 

As más notícias para o governo não terminam por aí. 

Após tentar impor para o ministério da Justiça um comissionado do Ministério Público da Bahia - entrando em conflito com a determinação da Lei Magna que impede o acúmulo de cargos públicos para os ministros - o governo foi derrotado pelo STF e terá que desistir de Wellington César Lima e Silva. A maior parte dos juízes do Supremo, inclusive o último dos nomeados pela presidente - Luiz Edson Fachin - votou pela inconstitucionalidade. Gorou a tentativa do governo de colocar um aliado de Jacques Wagner (e de Lula) para tentar frear o ímpeto da Lava Jato. 


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