No Brasil, o assunto do dia foi o afastamento do governador do Rio, Wilson Witzel, acusado de tomar parte ativa na corrupção que assola o Estado há anos, e também responsável por desvios de verbas para a saúde. A decisão foi tomada pelo juiz Benedito Gonçalves, do STJ, em decisão monocrática. Witzel foi eleito aproveitando a onda pró-Bolsonaro, vitoriosa em 2018, mas se tornou adversário político do presidente, postura exacerbada durante a pandemia. Bolsonaro o via como possível adversário político nas eleições presidenciais de 2022. Ao receber a notícia do afastamento, Witzel acusou a família Bolsonaro de ter influenciado na decisão do juiz Gonçalves.
Wilson Witzel foi afastado pelo STJ, e pode sofrer impeachment, cujo processo foi retomado com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Fernando Frazão/Ag. Brasil) |
Aliado político de Witzel, o pastor Everaldo, presidente do PSC e ex-candidato à Presidência em 2014, foi preso por acusações de participar da rapinagem contra os cofres cariocas.
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Nos Estados Unidos, membros do Black Lives Matters preparam-se para uma grande manifestação contra Donald Trump em Washington, enquanto o presidente norte-americano faz forte campanha contra o opositor Joe Biden, apontando-o como fraco diante do chamado "perigo chinês". A radicalização política não arrefece com a pandemia. Trump quer mais quatro anos para, à sua maneira, implantar o que ele entende por fortalecer a América, enquanto a oposição formada pelos democratas e pelos ativistas, investe contra o presidente republicano. A agressividade dos Black Lives Matters e outros grupos foi atiçada pela violência policial contra outro homem negro, Jacob Blake, alvejado sete vezes e algemado em sua cama no hospital onde foi internado; Blake já não corre risco de morte.
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Enquanto isso, no Japão, o primeiro-ministro Shinzo Abe anuncia renúncia devido a problemas de saúde. Ele sofre com uma doença intestinal, a colite ulcerativa crônica, impedindo-o de manter atividades normais. Abe acumulou quatro mandatos como governante do país asiático, nos períodos 2006-2007, 2012-2014, 2014-2017 e 2017-2020. No último mandato, a economia do Japão insistia em não decolar, e foi seriamente afetada pela pandemia de COVID-19. Além disso, o perigo representado pela ditadura da Coréia do Norte é um fator de estresse para Abe e para o povo japonês.
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