terça-feira, 25 de agosto de 2020

Casa Verde e Amarela

(Reprodução / Ministério do Desenvolvimento Regional)


É este o novo nome para o "Minha Casa, Minha Vida", criado pelo governo Lula para tentar sanar o déficit habitacional no Brasil, mas com outras modificações, feitas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. 

Primeiro, o governo modificou as antigas faixas (1 - 1,5 - 2 - 3) e renomeou-as em grupos (1 - 2 - 3), de acordo com a renda bruta total das famílias. O novo grupo 1 corresponde à antiga faixa 1, mas envolve renda de até R$ 2 mil, não mais R$ 1.800,00. O grupo 2 corresponde às faixas 1,5 e 2, para renda de até R$ 4 mil. O grupo 3 é a antiga faixa 3, englobando renda de até R$ 7 mil. 

Os juros também são menores, o que está mais de acordo com a trajetória da Selic: 

- Grupo 1: juros de 4,25% ao ano para as regiões mais pobres (Norte e Nordeste) e 4,5% para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul; 

- Grupo 2: juros de 4,75% ao ano para o Norte e o Nordeste, e 5% para as demais regiões; 

- Grupo 3: juros de 7,66% para todas as regiões. 

Segundo o Ministério, chefiado pelo ministro Rogério Marinho, 956 mil famílias serão beneficiadas na fase inicial do programa. R$ 500 milhões do Fundo de Desenvolvimento Social e R$ 25 bilhões do FGTS podem ser empregados, mas não há certeza disso. Marinho não tem boas relações com Paulo Guedes, que não compareceu à cerimônia de lançamento do "Casa Verde e Amarela", por considerá-lo dispendioso. 

Resta saber como este programa vai administrar o problema das obras atrasadas, diminuição de verbas e atrasos nos pagamentos das mensalidades por parte dos usuários. O governo federal assumiu o compromisso de controlar os gastos públicos - o que está mais difícil com a pandemia - mas ao mesmo tempo não podia abandonar os beneficiados pelo antigo programa para moradias de baixa renda. 

Não faltarão acusações de repetir o populismo eleitoreiro do petismo, visando as eleições de 2022, ou, por outro lado, destruir o legado dos governos anteriores, mas a maioria dos críticos não propôs outras soluções. 

Bolsonaro quer fazer o país perdoar e esquecer o seu destempero contra um repórter da Globo, e assumir suas responsabilidades como governante do nosso país. 

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