quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Veremos o fim dessa disputa?

O STF dará a palavra final sobre os direitos da marca "iPhone" no Brasil. Acreditem: há uma disputa judicial realizada pela IGB Eletrônica, ou seja, a velha Gradiente, ainda não devidamente solucionada. 

A empresa ainda está em processo de recuperação judicial, cujo plano foi aceito no ano passado, e já saiu do mercado de smartphones, mas ela reafirma os direitos sobre a marca. Em 2000, a empresa brasileira solicitou o registro da marca "G Gradiente iphone", concedido apenas oito anos atrás, quando a Apple já havia lançado o iPhone. Em 2012, foi lançado o Gradiente iphone (escrito em minúsculas), um smartphone Android, desafiando a gigante americana, que exigiu a retirada do registro e da circulação do aparelho. 

Os senhores ministros do STF um dia julgarão se a Apple vai precisar pagar direitos sobre a marca iPhone (ou iphone) à IGB, a antiga Gradiente (divulgação, pelo site Oficina da Net)


Fundador da IGB, Eugênio Staub comemorou a decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, em abrir o processo para julgar a questão no Supremo. Ainda não há uma data específica. O Supremo está lidando com questões bem mais relevantes, como o papel da Abin, que foi proibida pela Corte de apropriar-se de dados alheios sem a devida autorização judicial, ou a constitucionalidade da legislação sobre as fake news

Enquanto isso, a Apple não paga um centavo dos alegados direitos de marca reclamados pela ex-Gradiente, que está penando para vender seus aparelhinhos "Meu Primeiro Gradiente" (isso ainda está no mercado!) e alguns modelos de caixas acústicas. Uma triste lembrança do que foi a outrora poderosa marca que se impôs no mercado de eletrônicos nas décadas de 1980 e 1990. 

Os executivos da "maçã" estão mais preocupados com a Epic Games, dona do Fortnite, um dos mais exclusivos jogos de ação do momento, voltado apenas para celulares com alto poder de processamento. A Epic Games acusa a Apple de taxar em 30% os aplicativos, e resolveu baixar o preço dos V-Bucks, o dinheiro usado no game para a aquisição de ferramentas e acessórios. Em resposta, o aplicativo do jogo deixou de ser oferecido pela App Store. Depois, a empresa de games anunciou na Party Royale, o evento destinado aos usuários do Fortnite, um filme que parodia o famoso comercial "1984", lançado no aludido ano e feito para prestigiar, na época, os computadores Macintosh. A paródia associa a Apple ao livro distópico de George Orwell. Pode ser o início de uma guerra empresarial, na qual a Google, a Microsoft e as empresas de aparelhos Android poderão se envolver. 

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