terça-feira, 4 de agosto de 2020

Explosão no Líbano coloca (mais) medo na humanidade

Já estamos assolados por uma pandemia cujas consequências para a humanidade serão sentidas por décadas. Os efeitos deletérios sobre as pessoas são ainda mais ampliados pelas administrações políticas, entre caóticas e deliberadamente lesivas, e pela ação intensiva da mídia. 

Tanta atenção foi dada ao coronavírus que foram esquecidas outras chagas da humanidade, como os conflitos na Ásia Ocidental. A explosão em Beirute, a princípio causada por acidente com nitrato de amônio, despertou as pessoas para um problema de décadas. 

O Líbano sofreu por ter virado palco da atuação de terroristas ligados ao fundamentalismo islâmico, como o Hizbollah, e dos exércitos israelense e sírio, aproveitando uma guerra civil entre facções muçulmanas e cristãs (maronitas). Como é corriqueiro em guerras modernas, os civis foram massacrados e o país sofreu danos irreparáveis, principalmente na infra-estrutura e na economia, outrora próspera. 

Nos últimos anos, houve um período de trégua, mas o Hizbollah ainda usava o território libanês para lançar foguetes contra Israel. 

A explosão, ocorrida num armazém da zona portuária da capital libanesa, aterrorizou o mundo pela enorme intensidade e pelo tamanho do estrago. Muitos compararam a uma explosão atômica pelo formato, mas os gases avermelhados indicam nitrato de amônio, armazenado de forma inadequada. A coluna de gás subiu rapidamente, gerando um fenômeno conhecido como instabilidade de Rayleigh-Taylor, quando há a interação violenta entre esses gases e o ar mais denso. 

Investigações estão em curso para obterem mais pistas sobre as condições de armazenamento do produto, usado em fertilizantes, mas também em explosivos usados por terroristas. Eles também querem saber quem colocou as toneladas de nitrato naquele local, os responsáveis pelo armazenamento e por que estaria tanto tempo por lá (fala-se em alguns anos). 

Este sal reage prontamente em contato com determinados compostos químicos, como álcalis ou hidróxidos, mas só explode de forma tão violenta se for aquecido a temperaturas acima de 290 graus Celsius, como ocorre em incêndios. 

Até agora, 78 pessoas morreram e 4.000 foram encontradas feridas, não sendo o pior acidente com o material na História (na costa do Texas, em 1947, 547 pessoas morreram quando houve um incêndio em um navio carregado com 2.000 toneladas). Os governos de Israel, da França e dos Estados Unidos mandaram ajuda humanitária para socorrer as vítimas. As imagens podem ser vistas abaixo (Canal Metropoles DF, Youtube): 





































































































































































































































































































































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