quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Aeroportos vendidos

Por um valor de R$ 2,45 bilhões, a Aena Desarollo Internacional, empresa da Espanha, comprou os direitos de administração de 11 aeroportos de Minas Gerais, Pará, Mato Grosso do Sul e São Paulo, entre os quais Congonhas, o segundo mais movimentado do país. A Aena já opera em aeroportos do Nordeste, como o de Recife. Apesar de ser a única interessada no negócio, o valor supera em muito os R$ 745 milhões do lance inicial. 

O Campo de Marte também foi vendido, mas para o consórcio formado pela XP Investimentos e pela francesa Egis, juntamente com o aeroporto de Jacarepaguá. O valor foi muito próximo do lance mínimo: R$ 141 milhões. 

Enquanto isso, os aeroportos de Belém e Macapá (este último na capital do Amapá) foram arrematados por R$ 125 milhões pela Socicam e Dix Empreendimentos (Consórcio Novo Norte), valor bem acima dos R$ 56,9 milhões iniciais. 

Especialistas creem na melhoria nos serviços oferecidos, atualmente bem abaixo do desejável, mas valores de tarifas como o de embarque podem aumentar. Os preços das passagens dependem mais da disponibilidade de voos, que pode aumentar com reformas estruturais nas pistas de pouso, e da concorrência entre as companhias aéreas, algo que os consórcios dos aeroportos não controlam. 

Já o Sindicato dos Aeroportuários (SINA) tentou resistir contra os leilões, alegando precarização dos serviços e aumento no risco de acidentes provocados pelo aumento no número de voos, principalmente em Congonhas, engolfado pela cidade de São Paulo, e com histórico de acidentes graves. 

Defensores da venda de Congonhas (e de outros aeroportos) esperam ver melhoras nos serviços (Divulgação) 


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