Hoje, a Câmara dos Deputados aprovou o fim da saída temporária de presos que cumprem pena em regime semiaberto e em dias específicos, como Dia das Mães ou dos Pais, Páscoa e Natal. Esta é a famigerada "saidinha". Para isso, foi necessário alterar o texto de 2013 em vigor, que já limitava a prática, mas não se mostrou suficiente para minimizar o não retorno de muitos presos após o período determinado pela Justiça. O relator do texto é o Capitão Derrite (PL-SP), e o texto vai para o Senado. 311 votaram a favor e apenas 91 contra.
Também houve aprovação em tornar crime hediondo a prática de certas quadrilhas em dominar cidades, impondo o terror e causando mortes e destruição. Esta prática é conhecida, algo romanticamente, como "novo cangaço". Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, tentou incluir no texto as manifestações violentas de movimentos sociais, mas Arthur Lira, o presidente da Casa, impediu. O texto é de Neucimar Fraga (PP-ES), e prevê aumento em um terço na pena de quem praticar atos como sequestro de moradores ou bloquear aeroportos e estradas. A votação foi simbólica, sem registro nominal de votos, e também vai ser analisada pelos senadores.
Lagoa Nova (RN) foi a mais recente cidade a ser vitimada por quadrilhas praticantes do "novo cangaço" (PMRN). |
Com estas medidas, os parlamentares ocupantes da cúpula convexa do Legislativo mostra sintonia não só com o presidente Jair Bolsonaro, mas com a maioria da população brasileira, cansada de tanta violência.
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