A entrevista com o ex-presidente Lula deu ao Jornal Nacional rendeu 32 pontos no Ipec em São Paulo, valor um pouco inferior ao da entrevista com o atual presidente candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, na segunda, quando o noticiário da Globo ficou com 33 pontos.
Lula estava com ar envelhecido (já tem quase 77 anos), mas ainda aguerrido (Divulgação/TV Globo) |
Viu-se o ex-presidente cuidadoso com as palavras, embora com voz comprometida. Muitas questões, como a corrupção, ficaram mal respondidas, dizendo, por exemplo, que a Coaf foi criada no governo dele, quando na verdade foi em 1998, no governo FHC, e que a Lava Jato era um movimento político. Ele criticou o governo Dilma e suas desastrosas decisões sobre a economia no governo dela, assim como as ditaduras aliadas do PT, como as de Cuba e China, mas visando atrair o voto de quem não votaria no PT, e sim no PSDB, ex-partido do candidato a vice, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Acertou ao falar sobre o hábito do atual governo de impor sigilo de 100 anos em determinados assuntos, com o falso pretexto de haver risco para a honra e a vida privada do presidente ou de sua família, mas atentando contra a transparência do governo (que não houve, também, em muitas decisões dos governos Lula e Dilma, diga-se).
William Bonner ou Renata Vasconcelos não tiveram a mesma postura dura que tiveram em relação a Bolsonaro. Governistas chegaram a dizer que a Globo estava apoiando Lula. Com Ciro Gomes, entrevistado na terça e cuja audiência não foi tão boa, a postura doPolítica, s entrevistadores era mais equilibrada. Houve também panelaços durante a entrevista, e críticas feitas por adversários do ex-presidente, como Sérgio Moro e o MBL. Por outro lado, os petistas e aliados destes também fizeram vários comentários favoráveis.
Agora, eles vão sabatinar a candidata Simone Tebet, do MDB, vista com simpatia por muitos defensores da "terceira via", mesmo entre os que deploram o partido dela, sempre criticado por sua postura fisiológica e amorfa visando ter influência nos diversos governos.
N. do A. 1: Hoje, na Jovem Pan, Bolsonaro também foi entrevistado, e basicamente abordou os mesmos temas da sabatina feita na Globo, na segunda, com a vantagem de estar num ambiente bem menos hostil, pois a Jovem Pan é notória pelas suas afinidades ideológicas com o atual presidente.
N. do A. 2: Começou a propaganda eleitoral "gratuita" (paga com o NOSSO DINHEIRO via Fundo Eleitoral), com os candidatos a governadores, senadores e deputados estaduais (distritais no caso de Brasília).
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