A empresa de chocolates Pan, responsável pelos antigos "cigarrinhos", pode ter a sua falência decretada a qualquer momento.
Com uma dívida estimada em R$ 3 milhões, a empresa já não tinha uma situação financeira muito boa, devido à concorrência com as grandes empresas do setor (Nestlé, Lacta, Arcor) e aos problemas administrativos, não resolvidos com a venda ao Grupo Brasil Participações, após ficar desde 1935 nas mãos da família Falchero. A pandemia de coronavírus agravou o quadro.
Dentre os produtos fabricados pela veterana empresa, localizada em São Caetano do Sul, estão os já citados "cigarrinhos", as moedas também famosas na segunda metade do século XX e as balas "Paulistinha", estas já bem mais antigas.
A fabricante dos antigos "cigarrinhos de chocolate" está com os dias contados (Divulgação) |
Antes da possível "morte" da fábrica, o principal garoto-propaganda, o ator e diretor Paulo Pompéia, que estampou as embalagens dos "cigarrinhos", faleceu em 2021, aos 72 anos, vítima de problemas cardíacos. Ele tinha apenas 9 quando este produto "politicamente incorreto" começou a ser vendido. Depois de 1996, a campanha antitabagista obrigou a Pan a mudar o nome para "rolinhos" de chocolate. Ainda existem no mercado os "chocolápis", praticamente a mesma coisa, mas com outra embalagem. Curiosamente, Paulo Pompéia nunca fumou e não era um grande apreciador de chocolate.
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