Como toda empresa de capital aberto com ações na Nasdaq (a Bolsa de Valores para empresas de tecnologia e Internet), o Facebook é sujeito a ter suas ações valorizadas, ou seguir o rumo contrário.
Desta vez, por causa do balanço desfavorável no segundo trimestre deste ano, que indica uma tendência inquietante de não haver a necessária sustentabilidade a médio e longo prazo, a rede social de Mark Zuckerberg perdeu, apenas hoje, US$ 119 bilhões em valor de mercado. O valor é bem maior do que o de toda a Petrobras (US$ 74,5 bilhões).
As ações derreteram 18,9%. É a pior queda da história da Nasdaq, que, globalmente, fechou em queda de 1%.
Também existem ações da rede social na S&P 500, outra das grandes bolsas estadunidenses. Também aí houve uma queda fortíssima, que fez o índice global cair 0,30%. A queda foi menor porque a S&P negocia ações de todos os setores da economia americana.
O Facebook prossegue com a tentativa de melhorar a sua reputação, combatendo contas que contenham fake news - uma delas estava vinculada ao MBL - e melhorando a sua política de proteção de dados de seus milhões de usuários, desde o escândalo da Cambridge Analytica.
Pela resposta do mercado, parece não ser o suficiente, mas Mark Zuckerberg deve ter um plano em mente. Ele deve partir do pressuposto segundo o qual a desvalorização não foi resultado de uma conspiração dos exploradores das tais fake news.
Enquanto isso, a outra bolsa de Nova York, o Dow Jones, responsável pelas transações acionárias das indústrias tradicionais, mostrou otimismo, valorizando 0,44% devido a um acordo entre Donald Trump e a União Européia a respeito das sobretaxas do aço e do alumínio.
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