sexta-feira, 6 de julho de 2018

Da série Copa do Mundo 2018, parte 25 - Brasil enfrenta "Diabos Vermelhos" e vai para o inferno; França transforma Copa em Eurocopa

Voltemos à Copa do Mundo, no mundo do futebol. 

Antes do Brasil enfrentar a Bélgica em Kazan, não muito longe dali, em Nizhny-Novgorod, o Uruguai tentou defender a tradição de nunca perder da França em Copas, ainda mais com uma equipe de jogadores experientes liderados por Suárez e Godin, contra uma equipe jovem com uma das grandes revelações desta Copa, o jovem Mbappé. Mas os franceses não tinham só o talento do PSG: venceram com a técnica de seu elenco (Griezmann, Lloris, Kanté, Tolisso, Pogba, Giroud) a raça uruguaia, e no primeiro tempo abriram o placar com o zagueiro Varane. No segundo tempo, Griezmann teve a "ajuda" valiosa de Muslera, e ampliou. O "frango" do experiente goleiro uruguaio foi considerado um dos piores deste torneio, e acabou sendo fatal para os charruas. Sem Cavani, lesionado e não escalado neste jogo, o Uruguai sucumbiu. Suárez nada conseguiu fazer, nem mesmo morder um adversário francês, e acumulou seu terceiro fracasso em Copas.

Griezmann comemora seu gol com Mbappé...

... e Muslera contribuiu para a morte do sonho uruguaio de conquistar um título na Copa (AFP)

Em Kazan, o Brasil conheceu finalmente um bom adversário. Melhor do que os outros times. Melhor do que o time brasileiro. Quem apostava que a Bélgica ia só atacar e não se defender se deu mal. Eles souberam fazer tudo isso e aproveitaram-se dos erros cometidos pela Seleção. Em tentativa de fazer o time todo defender, Fernandinho, lembrado como um dos vilões do 8/7, novamente cometeu falhas graves, e o gol CONTRA foi o pior deles. O time canarinho tentou reagir e até estava convencendo, mas em contra-ataque os belgas ampliaram, com De Bruyne. Era a primeira vez desde o final da Copa passada que o Brasil ficava atrás no placar por 2 a 0. Foi um teste, e infelizmente eles não passaram.

No segundo tempo, William e Gabriel Jesus foram sacados, para a entrada de Firmino e Douglas Costa, muito melhores do que os substituídos. A seleção amarelona voltou mais atenta no jogo, mas abusava dos passes errados e das finalizações mal feitas. Paulinho, também mal na partida, foi substituído por Renato Augusto, muito criticado pela torcida. Ironicamente, ele foi o autor do gol de honra, para dar esperança à Seleção. Mas não houve o outro gol. Neymar e Philippe Coutinho, as esperanças do time, estavam muito pior do que nos jogos anteriores. O astro do PSG deu mostras de realmente ser menos um craque do que um jogador folclórico, embora desta vez não apelasse para as simulações e chiliques.

Kevin De Bruyne foi considerado o nome do jogo (Bruno Marinho)

O sonho do hexa foi adiado novamente. Não foi um vexame. Foi uma derrota normal, para um time que jogou melhor. O placar também não foi uma coisa risível como aquele resultado do 8/7.

Neymar não deu trabalho nenhum aos marcadores, ao contrário de Lukaku, que infernizou a vida de Miranda

Aliás, pouca gente, sinceramente, acreditava numa redenção nesta Copa. É bem provável que ela venha em 2022, no Catar. Pelo menos a Seleção não se desmanchou em lágrimas, nem mesmo jogadores considerados chorões como Neymar e Thiago Silva. Este último, assim como o já citado Suárez, esteve em sua terceira Copa e fracassou. Ele, assim como Miranda e o vilão Fernandinho, tiveram sua última chance de ganhar uma Copa, pois estão já em fim de carreira. Paulinho, outro que foi mal, dificilmente irá para o Catar, assim como Marcelo e Fagner, embora ainda não estejam em curva descendente. Outros, como o próprio Neymar, mais Philippe Coutinho, Douglas Costa, Roberto Firmino, Marquinhos, Casemiro, Alisson e, quem sabe, Gabriel Jesus (se jogar melhor do que nesta Copa), podem brilhar no próximo torneio, junto com outros nomes como Vinícius Jr. ou Arthur.

Quanto ao jogo da matrioska neste blog, realmente terminou de forma abrupta.

Acabou a brincadeira da matrioska


E a Copa do Mundo continua amanhã. Por culpa do Uruguai e do Brasil, agora se converteu numa Eurocopa.

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