quinta-feira, 12 de julho de 2018

Delegados e policiais querem fazer uma "bancada da Lava Jato"

Para erguerem mais uma bancada, como as famigeradas "da bola" (ligadas aos interesses de dirigentes esportivos e CBF), "da Bíblia" (pastores evangélicos) e "do boi" (produtores rurais), policiais e delegados querem se candidatar a deputado para formarem um grupo destinado a defender os interesses da Lava Jato e, segundo eles, dar maior respaldo institucional ao combate à corrupção política e à roubalheira. 

Na prática, isso pode significar a defesa de interesses de certos privilégios que magistrados, desembargadores e procuradores têm, como o auxílio-moradia e aposentadorias especiais. Muitos deles também defendem pautas da chamada "direita política". Assim como a "esquerda política", que reúne desde ecologistas moderados a stalinistas e acólitos de Lula e Dilma, a "direita" é um grupo amorfo e fortemente heterogêneo, reunindo liberais, conservadores, nacionalistas e saudosistas da ditadura militar. 

Por outro lado, uma "bancada da Lava Jato" representaria certa renovação do quadro político, formado por vários investigados, alguns deles réus por corrupção. Existem apenas dois nomes ligados à Polícia Federal: Aluísio Mendes (Podemos) e Eduardo Bolsonaro (PSL), ambos do Maranhão.

É preciso pensar antes de votar em alguém com este perfil. Não basta dizer que vai apoiar a Polícia Federal contra a roubalheira: é necessário mostrar como fazer isso sem, na prática, trocar grupos de interesse por outros. Para mais detalhes, e ver os nomes dos candidatos, clique AQUI

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