Como em 2010, naquele dramático resgate de 33 mineiros no Chile, o mundo se voltou para os 12 meninos e seu treinador presos numa caverna na Tailândia.
O mundo todo se compadeceu do sofrimento e da capacidade de resistência do jovem time, chamado de "Javalis Selvagens". O treinador tinha experiência em meditação e ensinou o grupo, formado por garotos de 11 a 16 anos, a resistir com pouca comida e água potável, num ambiente com restrição de oxigênio. Depois de 18 dias presos numa caverna em região tomada por chuvas fortes, eles foram finalmente tirados de lá.
Meninos presos na caverna da Tailândia, a poucos dias do resgate que salvou-lhes a vida |
Helicóptero usado para o transporte dos 12 meninos e seu treinador ao hospital, onde estão nesse momento sob observação (Reuters) |
Métodos foram pensados para o resgate, até mesmo escavar buracos na montanha onde se encontra a caverna, mas dada a profundidade, a cerca de 1 km da superfície, isso não foi levado em prática. Também foi cogitado o uso de um minissubmarino projetado pelo empresário do ramo tecnológico Elon Musk.
No final, um procedimento mais convencional foi empregado, usando 50 profissionais estrangeiros e 40 exploradores locais, além de uma equipe médica para levá-los de helicóptero a um hospital. Foram usados equipamentos de mergulho e cordas para ajudar na retirada e atar as vítimas, que também sairiam vestindo roupas especiais e máscaras, pois boa parte do trajeto, de 4 km até a saída da escavação, estava inundada. Alguns trechos eram tão estreitos que mal se podia movimentar neles.
Depois de três dias de resgates, os jovens e o instrutor foram salvos, e a equipe foi homenageada. Um mergulhador que morreu ao tentar levar os equipamentos de mergulho aos garotos também foi tratado como herói nacional.
O acontecimento conseguiu chamar mais a atenção do mundo do que a Copa ou a transferência de Cristiano Ronaldo para a Juventus. Para quem acompanhou o desfecho dessa terrível experiência, foi mais emocionante do que um final de torneio. Muito mais.
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