Depois de vencer o Brasil, a Bélgica tinha confiança contra a França no jogo das semifinais. Pelo que fizeram, assustaram um bocado, mas assim como o Brasil perdeu por errar mais, os belgas também falharam com mais frequência. Contra a França, o time mais caro do mundo, isso foi fatal.
Durante todo o primeiro tempo, os belgas sufocaram os franceses, fazendo-os recuar. Acuados, os comandados de Deschamps tiveram que aproveitar as poucas chances de contra-ataque. Por outro lado, Lloris foi muito eficiente, impedindo as investidas dos "diabos vermelhos", e os defensores franceses dificultaram ao máximo as atuações de De Bruyne e Lukaku. Hazard também sofreu.
No segundo tempo, os franceses mudaram a postura e foram mais agressivos. Fellaini disputou a bola com Umtiti, zagueiro relativamente baixo (1,82 m), mas falhou de forma incrível e Courtois não conseguiu defender. 1 a 0 para a França.
Umtiti conseguiu vencer o grandalhão Fellaini e marcar o único gol da partida (AFP) |
Abalados, os belgas tentaram voltar para o jogo e impediam os contra-ataques franceses com faltas às vezes duras. Mbappé e Giroud quase ampliaram o placar, mas este último manteve a sina de não fazer gols na competição, e seu chute foi defendido pelo goleiro belga. Depois, os rouges conseguiram novamente acuar os bleus, que só aproveitaram os contra-ataques, desta vez mais numerosos. Mbappé, além de sua velocidade incrível durante as reações de seu time, aproveitou para aparecer e retardou a cobrança de um lateral belga, recebendo um cartão amarelo fútil. O tempo de acréscimo - 6 minutos! - só deixou as torcidas mais nervosas, pela falta de capricho nas finalizações.
Depois de um jogo disputado, a França foi para as finais. Não adiantou a Bélgica ter mandado no jogo a maior parte do tempo. Agora, ela vai ter que brigar pelo terceiro lugar, na - provavelmente - última disputa dessa posição numa Copa. Um triste fim para os "diabos vermelhos", que durante a campanha na Rússia se impuseram a todos os adversários e não perdoaram seus erros, principalmente no caso do Japão e do Brasil. Por outro lado, fizeram muitos torcedores brasileiros imaginarem como seria um jogo entre França e Brasil. Talvez os franceses destruiriam a Seleção amarelona de forma quase tão humilhante quanto naquele terrível 8/7 e com o "sadismo" adicional de manter um tabu de não perder dos brasileiros nas Copas desde sua última derrota, em 1958.
O resultado foi incômodo para a Adidas, principal patrocinadora da Copa, e a Rússia. A Bélgica foi o único time patrocinado pela empresa alemã entre os quatro semifinalistas - França, Croácia e Inglaterra têm seu material esportivo fornecido pela Nike - e a Rússia poderá se ver alvo de memes dizendo que o time francês conseguiu superar Napoleão no feito de "conquistar o país", além de, politicamente, os times semifinalistas representaram nações inimigas.
Todavia, os torcedores estão interessados mais no esporte em si e não nos bastidores ou nas questões políticas e econômica, e enchem mais uma vez a Internet com memes, entre os quais o de comparar o nome de Tite com Umtiti.
Mais uma da série "Trocadalhos do carilho" na Copa (do site Humor Esportivo) |
E os admiradores de Cristiano Ronaldo nem quiseram saber da Copa: sua transferência para a Juventus da Itália marcou também o mundo do futebol.
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