Como já foi escrito aqui, o último dia das oitavas-de-final da Copa realmente foi o pior. Ao menos, terminaram de definir os adversários da próxima fase.
A Suécia foi jogar algo desacreditada contra uma Suíça com ligeiro favoritismo, em São Petersburgo. Pairam sobre os representantes da pátria dos relógios e dos queijos finos (e da Fifa) um certo favorecimento pelos árbitros de vídeo, como foi visto nos jogos contra o Brasil e a Sérvia. Apesar do VAR ter anulado um pênalti a favor dos suecos, o gol de Forsberg aos 21 minutos do segundo tempo foi o suficiente para a eliminação do time de Shaqiri. Os nórdicos voltaram às quartas-de-final após 20 anos.
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Forsberg (em primeiro plano) fez o gol para a Suécia voltar a sonhar com um título (Lee Smith/Reuters) |
Mais tarde, houve um jogo mais interessante, em Moscou, porque envolvia a Colômbia, representante sul-americana, e a Inglaterra de Harry Kane. Ambos não mostraram o seu melhor futebol: os colombianos estavam sofrendo sem James Rodriguez, lesionado, e os ingleses, embora pressionando mais, não conseguiam ameaçar Ospina o suficiente. No segundo tempo, foi marcado pênalti contra a Colômbia, com confirmação do VAR, e Harry Kane converteu, fazendo mais um. Mina salvou os colombianos da eliminação antecipada, mas aí veio a prorrogação, com mais nervosismo e provocações, principalmente do lado colombiano.
Novamente, tudo terminou nos pênaltis, algo temido pelos ingleses, por nunca conseguirem avançar desse modo em Copas. Os principais jogadores, Falcão Garcia e Kane, fizeram. Na terceira cobrança, Henderson - que no meio do jogo fez uma simulação "a la Neymar" ao receber uma falta de Wilmar e colocar a mão no rosto - desperdiçou, fazendo Ospina defender e ameaçando a vaga dos ingleses. Por outro lado, Uribe acertou a trave e Trippier converteu. Bacca errou a última cobrança, e isso foi fatal.
Mais uma vez, a Colômbia deu adeus à Copa e ao sonho de ser campeão um dia. E os ingleses conseguiram avançar, destruindo um tabu, para disputar uma das quatro vagas com os suecos - e eliminando amargamente o último não-europeu do chaveamento formado pelos jogos mais fáceis, sem França, Uruguai ou Brasil, garantindo pelo menos um representante do Velho Continente nas finais.
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James Rodriguez ao presenciar, sem poder fazer nada, o atroz destino de seu time na Copa da Rússia, nos pênaltis (David Ramos/Getty Images) |
N. do A.: Hoje também teve a condenação de Eike Batista a 30 anos de prisão por corrupção, sentença dada pelo juiz Marcelo Bretas, um dos principais operadores da Lava Jato no Rio de Janeiro.
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