Alguns candidatos à Presidência e aos governos estaduais já oficializam as candidaturas e estão fechando suas alianças políticas, o que deve ser visto com normalidade em todo ano eleitoral, mas algo muito importante para os eleitores está em segundo plano.
Onde estão os planos de governo?
Existem alguns pré-planos, sujeitos a alterações de última hora, mas eles não são fáceis de serem encontrados.
Na atual legislação, quem registra candidatura precisa disponibilizar um plano, não necessariamente o documento definitivo, mas a imprensa, tão experiente em fazer coberturas de campanhas, não se lembrou em divulgar o que eles pretendem fazer. Apenas táticas de campanha e projetos esparsos, para o eleitor ter uma vaga ideia de como eles pensam.
Outras propostas extraoficiais também chamam a atenção, como a do ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun, e elas são bem pouco palatáveis para os eleitores: revogação da PEC da Bengala, que permitia aos ministros do STF ficarem na ativa até os 75 anos, nova lei do abuso de autoridade (necessária, mas não pode ser tratada com esse casuísmo por causa da Lava Jato), SUS pago (muitos acham que isso é inevitável), um tribunal acima do STF (mais uma jabuticaba que exigiria uma nova Constituinte) e anistia ao caixa dois (portanto, serão perdoados todas as campanhas com recursos extraoficiais até agora). Henrique Meireles, cuja candidatura ainda não está formalizada, disse que vai avaliar, mas o que diz seu plano oficial de governo?
Outros postulantes, como Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Guilherme Boulos, já formalizaram a participação na corrida presidencial. João Dória Jr. e Márcio França (atual governador), também registraram candidatura ao governo do Estado de São Paulo. Neste caso, também, não é possível ainda encontrar a documentação oficial para saber quais são suas metas, e como eles administrarão tantos e tão graves problemas a atormentar nosso país (convenha-se, está escrito administrarão e não resolverão porque nada no Brasil será efetivamente minimizado em apenas um mandato de governo...).
N. do A.: Jair Bolsonaro chamou a atenção dos holofotes ao oficializar a candidatura, cercado de milhares de seguidores, que não gostaram da presença de Janaína Paschoal, apontada como provável vice do ex-capitão. A advogada, principal autora do pedido de impeachment de Dilma, teria alfinetado o sectarismo dos acólitos de Bolsonaro, ao discursar. Ela fez alusão à complexidade da estrutura social do Brasil e também disse que um governo precisa estar aberto ao diálogo - o que não agradou a muitos dos presentes. Sobre o plano de governo, o candidato do PSL desconversou.
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