Citando mais uma vez um aspecto da aculturação norte-americana, temos mais uma semana para dar susto em muita gente.
Alberto Fernández foi eleito, mas quem de fato irá governar é a vice, Cristina Kirchner (Martin Zabala/Xinhua) |
Uma das notícias de maior repercussão é o resultado das urnas na Argentina. O peronista Alberto Fernández foi eleito no primeiro turno, derrotando o atual presidente e candidato à reeleição Augusto Macri. A vice-presidente do vencedor é nada menos que Cristina Kirchner, a ex-presidente entre 2007 e 2015, cujo mandato foi marcado por medidas populistas, típicas do peronismo. Para evitar pânico nos mercados, Macri limitou a compra de dólares a US$ 200 por pessoa. Pelo menos ele recebeu Fernández para dar início a um processo de transição até a posse, no dia 10 de dezembro.
Quem teve motivos para temer o futuro, também, é o prefeito Bruno Covas, diagnosticado com um câncer em processo de metástase no esôfago. Ele corre risco real de morte por causa dessa doença, tal como o avô, Mário Covas, morto em 2001. Vai submeter-se a uma quimioterapia.
Futuro no além teve o diretor Jorge Fernando, vítima de um aneurisma na aorta. Ele foi o responsável pela direção de novelas como Guerra dos Sexos, Que Rei Sou Eu, Rainha da Sucata, A Próxima Vítima e a última novela das sete da emissora, Verão 90, quando ele retornou após um longo período se recuperando de um AVC. O diretor da Rede Globo tinha apenas 64 anos.
Menos funesto, porém não menos inquietante para o Brasil, são os rumos do presidente Jair Bolsonaro, que já está pensando em ir para um novo partido (mais um!), chamado Partido da Defesa Nacional (PDN). No momento, ele está na Arábia Saudita, para se encontrar com o governante de facto do país, o príncipe Mohammed bin Salman, em sua visita aos países asiáticos. Recentemente, ele esteve na China, e depois nos Emirados Árabes e no Catar.
Outros acontecimentos ainda provocam medo, como a poluição por óleo no Nordeste, a crise após os resultados da eleição presidencial na Bolívia e os protestos políticos no Chile e no Equador.
Outros acontecimentos ainda provocam medo, como a poluição por óleo no Nordeste, a crise após os resultados da eleição presidencial na Bolívia e os protestos políticos no Chile e no Equador.
N. do A.: Surpreende a reação do mercado brasileiro; incentivada pela alta das ações dos bancos e de um iminente acordo entre Estados Unidos e China, a Bovespa chegou a 108.187 pontos, recorde histórico. Eles certamente sentiram fortemente a eleição argentina, capaz de afastar a América Latina dos investidores. O dólar, por sua vez, caiu e ficou abaixo dos R$ 4,00. Isso é resultado de uma forte especulação, típica de países com notas abaixo do chamado "grau de investimento".
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