segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Santa Dulce

Ontem houve a canonização de Irmã Dulce pelo papa Francisco em Roma, introduzindo mais uma santa entre poucos representantes brasileiros a serem venerados pelos fieis católicos. 

Santa Dulce dos Pobres (1914-1992)

A agora Santa Dulce dos Pobres nasceu há pouco mais de um século, em 1914, em Salvador. Dedicou sua vida a ajudar os pobres e necessitados da cidade, sendo responsável por várias instituições de caridade, como o Hospital Santo Antônio. Recebeu a visita de outro santo canonizado recentemente, o papa João Paulo II, durante sua visita ao Brasil em 1980. Foi indicada para o Nobel da paz em 1988, sendo uma das brasileiras mais próximas de conquistar o até agora inédito prêmio da Academia, mas perdeu para as Forças de Manutenção da Paz da ONU. Muito doente, faleceu em 1992. 

Desde então, os devotos do "anjo bom da Bahia" fizeram a Igreja Católica iniciar um dos mais rápidos processos de canonização nos últimos anos, só perdendo para João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá. Durou apenas 27 anos. Neste tempo, dois milagres foram reconhecidos: o estancamento de uma hemorragia em uma mulher, Cláudia Cristina dos Santos, em 2001, e a recuperação da visão de um músico que sofria de glaucoma por 14 anos e, em 2014, rezou em nome de Irmã Dulce para aliviar as dores de uma conjuntivite. 

Em uma cerimônia na Santa Sé, a religiosa baiana foi canonizada juntamente com outros quatro beatos, todos relativamente recentes: John Henry Newman (1801-1890), Margherita Bays (1815-1879), Giuditta Vannini (1859-1911) e Mariam Thresia Chiramel Mankidiyan (1876-1926). 

Os cinco novos santos consagrados em Roma, no dia 13 de outubro deste ano; Irmã Dulce é a primeira à esquerda (Divulgação)

Como não poderia deixar de ocorrer, políticos brasileiros formaram uma comitiva para ir a Roma, assistirem à cerimônia. Alguns, como o ex-presidente José Sarney e o procurador-geral da República, Augusto Aras, disseram ter pago as despesas do próprio bolso, enquanto o vice-presidente Hamilton Mourão, o presidente do STF Dias Toffoli e outras autoridades se valeram do direito (assegurado pela Constituição) de gastar o NOSSO DINHEIRO na viagem.

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