sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Da série '(Des)industrialização no Brasil atual', parte 7 - Indústria química

Como os outros setores industriais, a fabricação de produtos químicos tem sofrido grandes transformações no Brasil, um país pujante neste caso desde meados do século passado, mas também com alguns problemas, agravados atualmente. 

No meio das gigantes multinacionais como a Bayer, a Monsanto (adquirida pela precedente), a Basf, a Du Pont, a Oxiteno, a Dow Chemical, a Akso, a Henkel, a Bünge e outras, algumas brasileiras vinham se destacando. Era o caso da Braskem, atualmente nas mãos da Odebrecht. Como todas as outras indústrias do grupo, ela também foi prejudicada pela gestão de pessoas envolvidas em corrupção, responsáveis pelos prejuízos bilionários para o conglomerado (e para o resto do país). Premidas pelas dificuldades causadas pelas incertezas na economia e por questões administrativas, houve outros casos de dificuldades financeiras (Fertilizantes Heringer) e extinções (Companhia Nacional de Álcalis, antiga estatal). Outras, como a White Martins, foram adquiridas por empresas estrangeiras. 

As poucas empresas brasileiras com destaque no mercado estão relacionadas à indústria de bens de consumo, como a Química Amparo (produtos Ypê), e à indústria petroquímica, como as subsidiárias da Petrobras. 

Há crescente importação de produtos químicos, devido ao encolhimento da produção local, e a tendência é o agravamento da situação, a não ser que haja uma reação consistente da economia e das outras indústrias, como as de metalurgia, alimentos e remédios. Segundo o Valor Econômico, no primeiro semestre houve a importação de US$ 20,4 bilhões em insumos, um aumento de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado. 


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