quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Da série '(Des)industrialização no Brasil atual', parte 6 - Motores, geradores e veículos

Continuando a parte sobre a indústria metal-mecânica, ainda há o setor de motores e geradores, para o aproveitamento das diversas fontes de energia disponíveis. Atrelados a eles, ainda há o setor de veículos. 

Infelizmente, este nunca foi um terreno muito fértil para a indústria brasileira. Os grandes fabricantes são, em geral, estrangeiros. 

Na parte de motores a combustão, que transformam líquidos inflamáveis em energia mecânica, além dos fabricados pelas montadoras de veículos, como a Volkswagen, General Motors, Fiat, Ford, Renault, Toyota, Honda, Yamaha e outros, temos ainda a MWM (antes alemã, mas agora nas mãos da Navistar, americana) e a britânica Perkins no mercado de propulsores a óleo diesel. A Agrale é a única empresa nacional com poder para competir com estas gigantes. 

A situação do mercado de motores elétricos é melhor. Há diversos fabricantes no mundo, mas existem empresas nacionais que dominam boa parte do mercado, como a Weg e a Nova. A Eberle também disputava o mercado, mas o grupo Voges, que controlava a empresa desde a aquisição em 2013, entrou em falência recentemente, há dois meses atrás. 

Também dominado pelas transnacionais, o mercado de geradores de energia, para fornecimento de eletricidade, já foi mais favorável para as empresas brasileiras. A Stemac ainda resiste, mas a Leon Heimer faliu em 2018. Multinacionais como a alemã Deutz e a MWM, entre outras, aumentaram sua participação no mercado. 

Por fim, o conhecido mercado de veículos. Já houve uma empresa brasileira notável, a saudosa Gurgel. Agora apenas a Agrale fabrica veículos em pequena escala. O resto é dividido entre as poderosas montadoras cujas marcas foram citadas na parte de motores a combustão. Menção honrosa para as fabricantes de carrocerias para ônibus e veículos comerciais, como a Marcopolo e a Induscar (Caio).

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