quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Da série '(Des)industrialização no Brasil atual', parte 5 - O setor de máquinas e ferramentas

As indústrias de máquinas e equipamentos são consideradas produtoras de bens intermediários ou de capital, dependentes principalmente da metalurgia (bens de produção) e cujos clientes são também industriais, ligados aos bens de consumo. 

Por máquinas entende-se todo o conjunto ordenado de peças mecânicas para a produção de outros bens. Isso inclui as chamadas máquinas operatrizes, como prensas, tornos, fresadoras, retificadoras e aplainadoras, e também bombas, betoneiras, guindastes, compressores, macacos hidráulicos e equipamentos destinados a fins específicos, como misturadoras de ingredientes para tintas ou para produtos alimentícios. 

Um caso particular são as máquinas agrícolas, como os tratores, colheitadeiras, motosserras e roçadeiras. Elas são destinadas principalmente ao agronegócio, embora os equipamentos menores também se destinem aos consumidores comuns. Destacam-se empresas como a Agrale e a Tatu Marchesan.

As ferramentas são auxiliares na produção de bens e na manutenção dos equipamentos citados acima. Abrangem desde as chaves de fenda e alicates, que dependem fundamentalmente da aplicação de uma certa quantidade de força ou pressão exercida diretamente pelo operador, até as ferramentas elétricas e pneumáticas, que podem ser consideradas como máquinas portáteis e dependem de pequenos motores internos, geralmente elétricos.

Motores e geradores serão abordados em outra postagem.

Já houve uma variedade bem maior de empresas desta área, as quais prosperaram entre o governo Vargas e a ditadura militar. Muitas pequenas fabricantes de máquinas para determinados fins, embora juntas empregassem intensivamente mão de obra, ao lado de grandes corporações para a produção de ferramentas, como é o caso da Bosch, da Makita, da Black & Decker, da Starrett, da Gedore. Também havia mais fabricantes de peças para máquinas: engrenagens, polias, correias, rebolos (ferramentas feitas de material abrasivo para lixar e polir), rolamentos, etc. 

O setor sentiu fortemente as graves crises ao longo do tempo. Houve fechamento de estabelecimentos, enquanto outros foram adquiridos por corporações de maior porte. Enfim, a "mortalidade" de indústrias foi bastante severa. 

A Tramontina e a Romi são algumas das indústrias nacionais sobreviventes de destaque.

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