Há tempos um jogo da Copa Libertadores da América não era tão comentado quanto Flamengo e Grêmio, realizado no Maracanã. Esperava-se de tudo, menos um placar elástico. E o que aconteceu?
5 a 0 para os donos da casa!
Quem apostaria num placar assim? Nem o mais otimista dos flamenguistas! (Divulgação) |
Teve gol do "Gabigol". Não apenas um, o segundo, logo no começo do primeiro tempo, mas dois, pois ele marcou também o terceiro dos cariocas, cobrando pênalti cometido por Geromel ao tentar deter Bruno Henrique.
Aliás, foi este que abriu o placar, quando o Flamengo conseguiu respirar após certo nervosismo, com o time mais evitando as roubadas de bola do que saindo para o ataque. Houve muitas faltas e o jogo seguia amarrado no primeiro tempo. Depois de algum tempo, o atacante flamenguista marcou bem no final do primeiro tempo (42 minutos).
Quando o Grêmio parecia perdido e sem reação, vieram mais gols humilhantes. O quarto foi feito pelo zagueiro espanhol Pablo Mari. O quinto, para desgosto de Renato Gaúcho, foi marcado por outro zagueiro, Rodrigo Caio, o mesmo ex-são paulino chamado uma vez de "zagueiro de condomínio" e visto quase como figura folclórica pela torcida do São Paulo, e não como aquele que fez parte da Seleção Olímpica, medalha de ouro em 2016.
Jorge Jesus, o técnico flamenguista, conseguiu extrair alto desempenho de seu elenco estelar. Já Renato Gaúcho até tentou se virar com um time sem tantas estrelas, a não ser Everton "Cebolinha", que não conseguiu brilhar, a não ser numa tentativa já no fim de jogo, e a temida dupla de zaga, Geromel e Kannemann, muito piores do que costumavam jogar.
Todavia, a tarefa do time sensação do Brasil atual não será fácil: enfentar o River Plate, comandado por Marcelo Gallardo, que despachou na semifinal o maior adversário, o Boca Juniors, após vencer no jogo de ida por 2 a 0 e perder por 1 a 0, passando graças ao saldo de gols. O retrospecto do time argentino é digno de respeito: sob o comando de Gallardo, foi campeão em 2015 e 2018 e semifinalista em 2017, quando perdeu para o também argentino Lanús.
O dia 23 de novembro será inesquecível para os torcedores do mais imprevisível dos esportes. Quando o time do Flamengo superar o último obstáculo para se apossarem da taça mais cobiçada das Américas, será considerado digno de ser comparado àquela equipe de 1981, cuja estrela maior era nada menos do que Zico. Aliás, essa honraria deveria ser conquistada quando eles ganharem a taça do Mundial de Clubes, repetindo o feito daquele ano, quando o adversário era também... o Liverpool!
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