quinta-feira, 2 de julho de 2015

As férias escolares começaram

Foi-se o tempo em que as férias escolares eram tempo de brincar na rua, gastar energia, passear.

Isso só acontece agora nas pequenas cidades e nas periferias das metrópoles, mas até nesses lugares as crianças estão evitando sair muito de casa, devido à violência. 

Entre a classe média e alta, as tradicionais brincadeiras deram lugar aos jogos nos smartphones e nos videogames, além das redes sociais, do Whatsapp e da Internet em geral.  

No passado, haviam várias possibilidades da molecada se divertir, com bolas e piões para os meninos e bonecas para as meninas. Podia-se empinar pipas em mais lugares, sem medo dos fios elétricos. Haviam mais parquinhos e campinhos de várzea. 

Com o crescimento preocupante da criminalidade de um lado e as facilidades da tecnologia de outro, isso mudou. 

Agora, há uma profusão de eletrônicos portáteis, sem falar na televisão, um meio de entretenimento visto como democrático (pois até os mais precários barracos têm este aparelho) porém sempre questionável ao longo de sua história, mas cuja programação anda pior, com algumas exceções. Os programas educativos, comuns anteriormente, são raros, dando lugar a desenhos amalucados com conteúdo muitas vezes mais voltado para adultos com certo gosto infantil do que para as crianças - isso quando não se dá prioridade à programação adulta, como é o caso da Globo e da Band, entre as emissoras de tevê aberta. 

Por outro lado, os pais se preocupavam com os machucados dos filhos após as brincadeiras na rua ou o risco de se perderem ou ficarem até muito tarde. Agora têm de se preocupar com o sedentarismo dos filhos, a programação inadequada na tevê e o consumo de energia elétrica (cujo aumento de preço neste ano é fora da normalidade) decorrente das diversões modernas para a criançada. 

E isso vai ser uma constante ao longo deste mês. Vivam as férias!

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